A tosse é uma resposta fisiológica do organismo a uma irritação das vias áreas e que funciona como uma contração repetitiva da cavidade torácica para liberar elementos nocivos como poeiras, bactérias, vírus, fungos e outras substâncias que causam irritação na via.
Enquanto a tosse aguda (duração inferior a 3 semanas) aparece de forma repentina e desaparece em dias ou semanas, a tosse crónica (duração superior a 8 semanas) prolonga-se no tempo e pode estar relacionada com múltiplas causas.
A tosse aguda apresenta diferentes causas e pode estar associada a infeções respiratórias agudas, como gripe, sinusite, faringite ou bronquite, ou então, a casos de exposição a alergênicos e, até mesmo, representar a fase inicial de tosse subaguda ou crónica.
A tosse crónica ocorre por vários mecanismos e causas, mas as mais frequentes nas crianças são: síndrome de rinorreia posterior (gotejamento pós nasal), asma e doença de refluxo gastresofágico (uma condição em que os ácidos gástricos sobem pelo esófago, podendo irritar o trato respiratório).
A tosse tem o poder de perturbar o sono de muitas pessoas. Na maioria das vezes, ela passa o dia inteiro sem aparecer, mas surge insistente, incômoda e recorrente no período noturno.
O quarto que dormimos é o local de maior concentração dos alérgenos. No período chuvoso, úmido e sem a luminosidade do sol, ele se transforma num verdadeiro criadouro de ácaros (travesseiro, colchão) e fungos (ar-condicionado, guarda-roupa), desencadeadores persistentes da rinossinusite e da asma que vão incomodar o sono do paciente com espirros, congestão nasal, dispneia e muita tosse. É também no quarto que vamos encontrar o maior vilão dessa história: o ventilador, companheiro indispensável (em muitas residências) nas noites quentes do verão. Ligou o ventilador: sobe a poeira! Em pessoas alérgicas, a tosse é inevitável!
As viroses respiratórias e rinossinusites produzem muita secreção que se acumula na região nasal e nos seios da face, como se elas fossem panelas sem tampa... Deitou, cai secreção na garganta e a tosse chega com toda força.
O tratamento depende das causas e requer sempre um aconselhamento médico para garantir que é a melhor abordagem, contudo, alguns procedimentos ajudam a acalmar a tosse:
· Aumentar a ingestão de líquidos ajuda a serenar a irritação e a fluidificar o muco e aliviar a tosse.
· Fazer nebulização através da utilização de aparelhos de aerossóis, humedece as vias respiratórias e solta as secreções.
· Cabeceira da cama ligeiramente levantada, para casos de tosse seca durante a noite;
· Evite CONTATO com cigarro ou com fumaças.
· Os xaropes devem ser utilizados de forma cuidadosa e adequada (com recomendação médica). Existem dois tipos de xarope: os antitússicos que inibem a tosse irritativa e os mucolíticos que fluidificam as secreções.
· Os xaropes apenas devem ser administrados caso a tosse persista e sob vigilância médica. O uso inadequado de um xarope pode acarretar consequências graves e PIORA do quadro.
· Os xaropes caseiros, como o xarope de cenoura, de gengibre ou o de mel e limão, podem aliviar a tosse, mas devem ser usados somente a partir dos 2 anos de idade.
Não sendo parte de uma doença, a tosse é um sintoma que, na maioria das vezes, desaparece em pouco tempo, de 10 a 15 dias. É preciso não esquecer que a tosse persistente merece cuidado e atenção redobrada, especialmente se for acompanhada de sangue, produção excessiva de muco, muco de cor amarelada ou esverdeada; dor no peito; febre elevada; dificuldade respiratória ou perda de peso involuntária.
O sintoma TOSSE gera desconforto maior para quem a ouve do que para quem a tem. Lembre se que sempre que houver sintomas de falta de ar deve ser avaliada por equipe médica.
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Abraço e até breve Dra. Cristiane Schmitz
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