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Para os dias atuais, procurar entender ou otimizar a utilização dos recursos financeiros, sejam próprios ou de terceiros, podem se tornar um diferencial para uma vida financeira mais tranquila ou para chave de seu sucesso. A Educação Financeira está ligada com a forma que o indivíduo administra suas finanças, através de sua renda e seus proventos, com as despesas e investimentos de suas necessidades diárias, e por consequência o impacto de suas decisões na sua vida e no seu futuro. Ao ter o pleno controle de suas finanças, o indivíduo aprende a utilizar o dinheiro ao seu favor, podendo planejar suas escolhas a curto, médio e longo prazo.
Nos dias de hoje uma grande parcela da população enfrenta uma situação financeira instável, na condição muitas vezes de não conseguir honrar com todos os compromissos assumidos durante o mês. Alguns fatores podem estar contribuindo para que a simples fórmula: receitas do mês menos despesas do mês, seja negativa, como por exemplo, a falta de organização, de instrução e até mesmo o consumismo, que faz com que o indivíduo compre sem a devida necessidade ou precisão.
Para quem se encontra numa situação financeiramente difícil, há meios e caminhos a serem percorridos como forma de amenizar ou adequar o seu atual orçamento, equilibrando ou reequilibrando suas finanças. Muitas vezes o primeiro passo, e um tanto quanto difícil, é reduzir o padrão, que pode não estar condizente com sua renda. Nestes casos, pode-se avaliar as necessidades de ter um imóvel próprio ou alugado, da utilização diária de veículo, da frequência dos almoços, lanches e jantares fora de casa, e de uma educação pública ou privada, são exemplos. Outra questão muito presente no orçamento é o endividamento pessoal. Se você se encontra nesta parcela da população, o primeiro passo é mapear todos os seus débitos e todas as suas dívidas, e conhecer quais as taxas de juros que estão sendo aplicadas em cada tipo de negócio. Geralmente, as maiores taxas são as que podem e devem ser primeiramente eliminadas, renegociadas ou amenizadas, cada caso é um caso. Se houver muita dificuldade, um consultor financeiro poderá lhe auxiliar nesta tarefa.
Para quem se interessou até aqui, digo-lhes que não existe fórmula mágica. Se você tem condições de comprar bens e serviços melhores, compre-os, mas se você não tem dinheiro agora para adquirir, não compre, simples assim, ressalvadas as necessidades urgentes e imediatas. Um adendo aqui para a questão do parcelamento ou a assunção de dívidas à longo prazo. Se a “dívida” adquirida for para somar no seu capital, como a compra de um imóvel ou uma expansão do seu negócio, por exemplo, é super recomendada, desde que esta parcela esteja dentro das suas possibilidades e dentro de uma taxa de juros justa.
Diante dessa busca pela liberdade financeira relembraremos os cinco Pilares da Educação Financeira, que poderá auxiliá-lo a administrar seus recursos sem estar preso em dívidas, que são: Gestão do Orçamento, Planejamento Financeiro, Crédito Consciente, Consumo Responsável e Poupança. A seguir, veremos a chave para entender cada conceito e aplicar na sua rotina diária.
Vamos começar?
Para se viver mais tranquilo com uma vida financeira independente, o primeiro passo é saber para onde está indo seu dinheiro, assim, começaremos com a Gestão do Orçamento.
Uma gestão do orçamento eficiente exige que, diante da definição das prioridades de sonhos, metas e objetivos de vida, possamos distribuir o orçamento mensal com saldo superavitário, ou seja, a equação Salário (-) Despesas/Gastos/Dívidas = Saldo Positivo. Onde a sobra de dinheiro auxiliará a sua tomada de decisões práticas de orçamento.
Primeiramente precisamos anotar todas as receitas recebidas durante o mês, e após, relacionar as despesas mensais. Com estes dados, podemos formar uma planilha mensal, uma espécie de demonstrativo, subtraindo da receita as despesas anotadas. Desta forma é possível saber se está sobrando ou faltando, e, onde está seu maior gasto, ou seja, é preciso medir a eficiência e importância pessoal da despesa.
Após relacionar todos os gastos é necessário classificar. Definir o que são CUSTOS FIXOS, ou seja, gastos indispensáveis para viver, gastos fixos que todo mês se repetem, por exemplo: aluguel, água, luz, transporte, farmácia, celular, curso/escola, etc. Depois os CUSTOS VARIÁVEIS, que entram ou saem do orçamento ou variam, exemplo: mercado, lazer, médico, comer fora de casa etc. A meta é reduzir o valor dos custos fixos e liberar mais orçamento para custos variáveis, para ter mais espaço do orçamento, fazer escolhas de investimento e multiplicar a renda. Inicialmente recomendo a utilização do percentual 50-30-20, ou seja, utilizar um percentual de 50% para gastos fixos, 30% em gastos variáveis e 20% em investimentos para gerar renda ou compor um fundo de reserva. Exemplificando à grosso modo, para um salário líquido de R$ 2.000,00, teremos:
Categoria | Valor |
Receitas Mensais/Salário | R$ 2.000,00 |
Custos Fixos (50%) | (-) R$1.000,00 |
Custos Variáveis (30%) | (-) R$ 600,00 |
Fundo de Reserva/Investimentos (20%) | (=) R$ 400,00 |
É importante ressaltar que, cada pessoa tem seu orçamento e o livre arbítrio da decisão pessoal de gastar, e ainda, não menos importante, a escolha fica mais fácil quando a renda é maior que as despesas, para ainda ter um saldo ou uma folga para tomada de decisões. Porém, talvez muitas pessoas já estejam com este saldo negativo. Diante dessa situação é preciso rever os gastos e as receitas, para identificar qual o principal problema que está ocorrendo.
Terminada esta etapa mensal do orçamento, é preciso fazer uma previsão para o próximo mês ou para os próximos meses, para programar as receitas e despesas, verificando, se necessário, formas de reduzir as despesas ou aumentar as receitas. Por hoje é isso!
Ademais, seguimos juntos, praticando e divulgando a todos uma educação financeira simples e de resultado. Até breve.
Juscelino Gaio
Consultor Especialista em Administração Financeira

Pilares da Vida Simples Sustentável
PIB (Produto Interno Bruto)
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