Ex-juiz investigado

Ex-juiz da Lava Jato investigado por furto de champanhe em Blumenau já havia sido afastado por conduta imprópria

  • Foto: Divulgação/Justiça Federal/ND Mais - Ex-Lava Jato investigado por furto de champanhe em SC já foi afastado por conduta imprópria

O magistrado, que já havia sido afastado da Lava Jato por conduta imprópria, volta a ser alvo de investigação, agora por suspeita de furto em Santa Catarina.

O juiz federal Eduardo Appio, conhecido pela passagem pela Operação Lava Jato, está sendo investigado por suspeita de furtar garrafas de champanhe da marca Moët Chandon em um supermercado da rede Giassi, localizado em Blumenau, no Vale do Itajaí.

De acordo com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que conduz a apuração, o caso está sob sigilo. Cada garrafa estaria avaliada em mais de R$ 500. O tribunal informou que foi oficiado pela Polícia Civil catarinense sobre o episódio e que “todos os procedimentos cabíveis serão tomados”.

Magistrado ganhou notoriedade durante a Lava Jato

Com 54 anos, Eduardo Fernando Appio ganhou projeção nacional em 2023, quando assumiu a 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato após a saída do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

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Durante o período em que esteve à frente da vara, Appio se destacou por suas críticas aos métodos de Moro e pela tentativa de revisar decisões tomadas na época em que o senador comandava os julgamentos.

No entanto, sua permanência no cargo foi curta. Ele foi afastado da função após ser identificado como o suposto autor de uma ligação anônima feita ao filho de um desembargador do TRF-4, em tom de ameaça. O magistrado chegou a reconhecer que teve uma conduta imprópria, o que motivou a abertura de um processo disciplinar pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Formação e trajetória profissional

Natural do Rio Grande do Sul e filho do ex-deputado estadual Francisco Appio, o juiz é doutor em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e tem pós-doutorado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Antes de se tornar juiz federal, atuou como promotor de Justiça no Paraná e também exerceu a magistratura no Rio Grande do Sul. Atualmente, está lotado na 18ª Vara Previdenciária da Justiça Federal do Paraná.

Caso em Blumenau segue sob sigilo

A investigação que envolve o suposto furto das garrafas de champanhe foi encaminhada ao TRF-4, responsável por apurar a conduta de magistrados federais. O tribunal, sediado em Porto Alegre (RS), não confirmou detalhes sobre a ocorrência, por estar sob sigilo judicial.

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Procurado pela imprensa, o supermercado Giassi informou apenas que “não comenta possíveis ocorrências registradas em suas unidades”. Já o ND Mais tentou contato com Eduardo Appio, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.

Fonte: NDmais

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