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Fim da passagem em dinheiro nos ônibus de Florianópolis vai à justiça
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Foto: Alan Pedro, Arquivo DC - Ônibus em Florianópolis não irão mais aceitar pagamento em dinheiro
A proibição do pagamento em dinheiro no transporte público de Florianópolis, prevista para janeiro de 2026, provoca debate sobre inclusão social e eficiência, com o Ministério Público exigindo garantias para populações vulneráveis.
A decisão de acabar com o pagamento em dinheiro nas passagens de ônibus em Florianópolis gerou um debate intenso e chegou ao Ministério Público. Enquanto a prefeitura defende que a medida agiliza o transporte e moderniza o sistema, o Ministério Público aponta risco de exclusão social para grupos vulneráveis.
O que mudou na forma de pagar o ônibus em Florianópolis?
A partir de 5 de janeiro de 2026, não será mais possível comprar passagem direta com dinheiro nos ônibus da cidade. A prefeitura anunciou que a compra será feita exclusivamente por meio da Catraca Pix, instalada nos terminais, ou pelo aplicativo “Floripa no Ponto”. Porém, essas opções só permitem a compra da passagem unitária — sem direito à integração entre linhas.
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Por que o Ministério Público questiona esta medida?
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 29ª Promotoria de Justiça da Capital, abriu um inquérito civil para analisar os impactos da nova regra, que pode prejudicar usuários em situação de vulnerabilidade social. A promotora Priscila Teixeira Colombo recomendou que a prefeitura suspenda a mudança até que sejam garantidas alternativas inclusivas.
Além disso, o MPSC pediu que a prefeitura evite divulgar informações que possam induzir o público a pensar que o pagamento em dinheiro foi eliminado sem apresentar soluções acessíveis. Também foi solicitado um estudo técnico que avalie os riscos de exclusão social, planos para mitigar esses riscos e um cronograma para implementação gradual.
O que a prefeitura diz sobre a mudança?
Em entrevista à NSC Total, a prefeitura de Florianópolis afirmou que a alteração está baseada em análises técnicas do transporte público local. Segundo o secretário de Infraestrutura e Manutenção, Rafael Hahne, o objetivo é tornar o embarque mais rápido, evitando filas, principalmente nos bairros.
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Ele destaca que o uso do dinheiro corresponde a apenas 8% das passagens pagas atualmente e que o sistema oferece outras modalidades de pagamento, que costumam ser mais baratas e garantem o benefício da integração entre linhas, algo perdido com o pagamento em dinheiro.
Hahne ainda cita que essa transição já ocorreu em outras grandes cidades do Brasil e do mundo, tornando o processo de embarque mais eficiente e incentivando métodos digitais.
Quais são as formas de pagamento disponíveis em Florianópolis?
Atualmente, o sistema de transporte público em Florianópolis oferece algumas modalidades de cartão para passagem:
- Cidadão (moradores): R$ 5,75
- Vale-Transporte (empresas e trabalhadores): R$ 6,75
- Estudante: R$ 1,78 (social) e R$ 2,88 (normal)
- Turista (visitantes): R$ 6,75
- Especiais (idosos, portadores de deficiência, etc.): Gratuidade ou descontos específicos
Essas opções incentivam o uso de cartões, que facilitam o acesso a benefícios tarifários e a integração entre linhas.
Quais os riscos da eliminação do dinheiro?
A exclusão do pagamento em dinheiro, mesmo que tecnicamente justificada, pode dificultar o acesso ao transporte público para pessoas sem smartphone, sem conta bancária, ou que têm dificuldades com tecnologia e com o uso de métodos digitais de pagamento. Especialistas e o Ministério Público alertam que essa população vulnerável pode acabar sendo preterida, gerando uma barreira social ao direito básico de mobilidade.
Fonte: NSC Total
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