Você sente a barriga estufada e mal-estar depois de comer? Uma alimentação incorreta ou muitas vezes alterada pode afetar não apenas o estômago, como também o fígado e o intestino. A sensação de inchaço, principalmente na região estomacal, após as refeições afeta homens e mulheres e causa desconforto, principalmente se as temperaturas estiverem mais quentes.
Normalmente os alimentos permanecem no trato digestivo, em média, por até 24 horas. Nesse período, são digeridos, absorvidos, degradados e seus resíduos excretados em forma de fezes. O material pastoso fica aproximadamente 6 horas no intestino delgado e até 10 horas no intestino grosso. Quando o conteúdo fecal atinge o reto, é enviado um reflexo para o cérebro expressando a vontade de evacuar.
O fígado é uma espécie de centro de tratamento das substâncias que ingerimos. Todo alimento, bebidas, remédios etc. que é absorvido, passa por ele antes de alcançar qualquer outro órgão; ou seja, nada chega à circulação sanguínea sem antes ter sido processado pelo fígado.
É o fígado que elimina substâncias nocivas e/ ou toxicas e que produz a bílis, fundamental na digestão das gorduras, no processamento do colesterol, das taxas de glicose no sangue e no metabolismo dos medicamentos
O consumo exagerado de gorduras, açúcares e alimentos industrializados não faz mal apenas para o fígado. Ela também altera o trânsito intestinal, causa da prisão de ventre. Para piorar a situação, o volume fecal parado no intestino sofre fermentação, putrefação e motiva o crescimento da população de bactérias ruins causando: barriga inchada, gases fedidos, mau humor, problemas na pele, mau hálito, alterações no humor, fadiga, cansaço e indisposição.
As fezes nada mais são do que resíduos de alimentos que não foram absorvidos. As fibras funcionam como um meio de transporte para levar água para dentro do intestino, evitando o ressecamento das fezes e promovendo o aumento do bolo fecal. Como o bolo fecal é empurrado pelos movimentos peristálticos, quanto maior o volume deste bolo, mais fácil é eliminá-lo. O ideal é ingerir, no mínimo, 30g de fibras por dia.
Consuma mamão com às sementes (sem mastigá-las), laranja com o bagaço, ameixas pretas, farelo de trigo ou de aveia, arroz e pão integral, além de hortaliças, verduras, legumes e frutas variadas. As frutas mais indicadas são as que contém grande quantidade de água: melancia, melão, abacaxi, kiwi etc.
Faça as etapas da digestão com calma e tranquilidade:
A - Salivação: A digestão começa na boca e antes que o alimentos cheguem até a boca. O corpo começa a produzir amilase, uma enzima digestiva, quando vemos, sentimos cheiro ou mesmo pensamos em comida. A função da amilase é a de iniciar a digestão dos carboidratos. Portanto, é importante estimular a salivação:
B - Nível de ácidos estomacais: Enzimas específicas fazem a digestão das proteínas ingeridas nas refeições. Se o processo não é bem-feito, podem acontecer irritações no intestino e as primeiras consequências são arrotos no meio da refeição e sensação de "estar cheio" após comer pequenas quantidades.
C - Enzimas que digerem carboidratos: A digestão é feita com enzimas diferentes das usadas para processar as proteínas. Idade, estresse e inflamação intestinal afetam a produção. Uma das situações que mais pioram esse funcionamento é a disbiose.
D - Intolerâncias alimentares: O corpo pode ser intolerante a alguns alimentos ou grupos alimentares cujos sintomas são sutis e podem aparecer até 3 dias após o consumo do item. Isso colabora para que o problema não seja percebido pela maioria das pessoas. Alguns casos podem tem origem na falta de enzimas digestivas, estresse ou até mesmo no consumo excessivo do mesmo alimento.
E - Boas bactérias: No intestino há bactérias que auxiliam no processo digestivo. No entanto, dietas pobres em nutrientes, estresse ou o uso de remédios podem colaborar para proliferação de outros tipos, incluindo parasitas.
F - Prisão de ventre: O problema impede a produção das boas bactérias e estimula o aparecimento das más. Inchaço e dores podem vir acompanhados de dores de cabeça, inflamações na língua, entre outras consequências.
Dicas para melhorar a digestão:
· Chás como os de gengibre, camomila e hortelã colaboram para o processo
· Consumir frutas que ajudam na digestão, como mamão papaia e abacaxi
· Colocar iogurte integral 1 x dia na dieta
· Não consumir líquidos durante as refeições
Lembre se que o ato de alimentar se deve ser prazeroso tanto no momento, quanto depois. Em caso de sintomas de mal-estar, estufamento ou plenitude mesmo comendo muito pouco, deve fazer com que você modifique seus hábitos e procure ajuda.
Na próxima semana da coluna Saúde comigo vamos falar sobre Disbiose. Se tiver alguma dúvida deixe em nosso Instagram @saluscsaude.
Abraço e até breve!
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