BETS – Apostas Online

Agora no final do mês de abril 2024, saiu a publicação da pesquisa Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Ambima), elaborada em 2023, e o ponto mais importante em saúde financeira e mental, revela um perigo e um alerta preocupante nas finanças dos brasileiros: Enquanto, 2% do povo brasileiro investe em títulos públicos, 5% em ações, absurdamente 14% de total população brasileira (quase 23 milhões) fizeram Apostas Online em 2023. Exemplo disso é o jogo do tigrinho, e outras plataformas conhecidas como BETS.

Após 2018, quando o Governo Federal sancionou a Lei 13.756/2018, que autoriza o Ministério da Fazenda a regulamentar o licenciamento de apostas esportivas no Brasil, desde 2022 todos os clubes de futebol da Série A são patrocinadas por alguma BET famosa, exemplo do time de maior torcida do Brasil, Flamengo (46 milhões de torcedores), tem o patrocínio master em todas as camisas pela empresa PIX-BET.

Existem mais de 300 empresas, sites de APOSTAS no Brasil e elas têm se tornado uma presença cada vez mais comum na vida de muitas pessoas. Prometendo emoção, entretenimento e a possibilidade de lucro rápido e fácil, essas plataformas podem parecer inofensivas à primeira vista. Entretanto, por trás das luzes brilhantes e das ofertas sedutoras, existe um mundo sombrio de riscos financeiros e perigos potenciais, incluindo o desenvolvimento de vícios em jogos de azar.

Todos os vários sites de apostas oferecem uma ampla gama de opções de apostas em diversos eventos esportivos, jogos de cassino e outras formas de entretenimento. Com acesso fácil através de dispositivos eletrônicos, como smartphones e computadores, essas plataformas estão sempre ao alcance dos usuários, permitindo que apostem a qualquer hora e em qualquer lugar.

O risco financeiro de perder dinheiro é muito maior do que a possibilidade ganhar. Muitas pessoas, atraídas pela perspectiva de lucros rápidos e fáceis, acabam entrando na cilada da perda financeira nas apostas. As probabilidades são calculadas de forma a favorecer a casa de apostas, garantindo que, a longo prazo, ela sempre saia ganhando. É a velha máxima dos casinos: A casa sempre ganha. Essas perdas em apostas podem ser devastadoras, levando a problemas como endividamento, dificuldades financeiras e até mesmo a perda de bens materiais. Podem ainda danificar a saúde mental e emocional dos jogadores, criando um ciclo vicioso de tentativas de recuperar o dinheiro perdido através de mais apostas.

Em 2023, os brasileiros gastaram R$54 bilhões. A grana vai para os países-sede das empresas – no geral, paraísos fiscais, onde a legislação é mais flexível. Tudo livre de impostos, já que a medida de 2018, embora tenha liberado a prática, não a regulamentou

Como a população ainda acredita em “milagre” mágico da multiplicação do dinheiro sem esforço e instantânea, foi sancionado mais um capítulo na regulamentação do setor, no início deste ano de 2024, a LEI Nº 14.790, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2023. Essa normatização dispõe alíquota 15% de imposto de renda do lucro líquido do apostador e 12% de imposto sobre a empresa que explora o negócio. Com esta medida, espera-se arrecadar até R$6 bilhões em 2024.

Não se espantem, todos querem lucrar ou tributar com essa atividade de jogos de azar, o único prejudicado é o viciado e a degradação da sociedade que espera por um milagre para tentar ao menos pagar as contas.

Assim como o álcool e as drogas, as apostas podem ser extremamente viciantes para algumas pessoas, levando a comportamentos compulsivos e perda de controle sobre o próprio comportamento e a realidade ao seu redor. É impossível controlar o destino de roletas, caça-níqueis e aviõezinhos. Mas dá para decidir se você vai mergulhar nessa ou não. Lembre-se: a banca sempre ganha. E quem banca é você.
O fácil acesso às apostas online, juntamente com a natureza emocionante e imprevisível dos jogos de azar, pode tornar ainda mais difícil para os jogadores controlarem seus impulsos e limitarem seu tempo e dinheiro gastos nessas atividades. As consequências dessa prática podem levar a problemas como desintegração familiar, problemas legais e até mesmo suicídio.

A questão das apostas, porém, não é apenas tributária ou criminal, e existem bets que podem até fraudar sistemas de controle dos resultados. É caso de saúde pública, e hoje existe até o nome da síndrome das apostas, chamado de Transtorno de Jogo (TJ), com sintomas de impulsividade, irritação, problemas financeiros e a perda de controle sobre a hora de parar.

Assim, a prática da educação financeira desempenha um papel fundamental na prevenção desses problemas de vícios em jogos. Educação esta que ajuda a capacitar as pessoas a tomar decisões informadas sobre como gerenciar seu dinheiro e evitar armadilhas financeiras como as apostas online.

Ademais, seguimos juntos, praticando e divulgando a todos uma educação financeira simples e de resultado.

Até breve.

Juscelino Gaio