“E agora, o fim está próximo e então eu encaro o último ato meu amigo, vou falar claramente, vou expor meu caso, do qual estou certo. Eu vivi uma vida completa. Eu viajei por toda e qualquer estrada, e mais, muito mais que isso, eu fiz isso do meu jeito. Arrependimentos, tenho alguns, mas por outro lado, muito poucos para citar. Eu fiz o que eu tive que fazer e continuei fazendo sem isenção. Eu planejei cada curso traçado. Cada passo cuidadoso ao longo da trilha, e mais, muito mais que isso, eu fiz isso do meu jeito. Sim, houve momentos, tenho certeza que você soube, quando eu dei um passo maior do que a perna, mas apesar das dificuldades quando havia dúvida eu acabava com ela. Enfrentei tudo isso e continuei de pé. E fiz isso do meu jeito. Eu amei, ri e chorei. Tive minhas conquistas, minha parte de perdas e agora, enquanto as lágrimas diminuem eu acho tudo isso tão divertido. E pensar que fiz tudo aquilo. E posso dizer, não de uma maneira tímida. Oh não, oh não, não eu. Eu fiz isso do meu jeito. Pois o que é um homem, o que ele tem? Se não a si mesmo, então não tem nada para dizer as coisas que ele sente de verdade e não as palavras de alguém que se ajoelha. As lembranças mostram, eu tomei alguns golpes e fiz isso do meu jeito. Sim, foi do meu jeito”.
Essa é a “tradução” da letra da música famosamente conhecida na voz de Frank Sinatra, My Way. O compositor Paul Anka ouviu de seu amigo Sinatra que o mesmo iria se aposentar e isso mexeu com ele. Voltou a sua casa em Nova York e escreveu esse maravilhoso poema durante a madrugada. O poema foi incorporado como “adaptação” na canção francesa "Comme d'habitude", que foi adquirida para publicação em inglês por Anka do autor francês Claude François.
O que estamos escrevendo não é para mostrar que conhecemos história, música ou “o que quer que seja”. Escrevemos para que a exemplo da letra desta maravilhosa canção possamos refletir sobre o que fazemos.
A história é marcada não só por quem fez o bem, o certo, mas por todos que fizeram. O conjunto de todas as ações boas ou ruins são o alicerce, a base de uma sociedade. É necessário que valorizemos nosso passado.
A Câmara de Vereadores de Ascurra e o Executivo Municipal deram exemplo, na segunda-feira dia 10, de valorização. Honraram todos que contribuíram para alicerçar o município em seus 60 anos de emancipação. Também não esqueceram de citar a importância de quem aqui chegou primeiro.
E não parou por aí, deixaram aberto o mês de novembro, mês que se comemora os 60 anos do legislativo de Ascurra, para uma homenagem aos Edis contribuintes em manter o município no caminho do desenvolvimento.
Ah, se todos os povos valorizassem os seus e que mantivessem seus alicerces baseados nos exemplos do passado para que o futuro seja sempre de avanços.
Não importa se cometemos erros, mas sim a forma como fazemos as coisas. A perfeição sempre ficou para os “deuses”, e mesmo diante da vaidade humana de acharmos que somos a imagem e semelhança de Deus, não seremos perfeitos.
O importante sempre será fazer, respeitando sempre tudo o que nos cerca. Mas fazer sempre fazer da nossa maneira, pois a vida nos cobrará e ao final nos restará apenas o consolo de que fizemos do nosso jeito.
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