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OPINIÃO

Escravos da própria escolha

  

Se em algum momento esse país teve homens honrosos organizando todos os interesses para o desenvolvimento geral da nação não sabemos, pois muito antes da globalização e do celular, nada ou muito pouco sabíamos.

Mas hoje o aparelhamento e o inchaço do Estado e de seus poderes, com órgãos que pensam que são donos do país, está deflagrando a queda daquele que seria um grande império.
A confiança nas instituições teve um apreço, pelo menos ao Ministério Público e à Polícia Federal que muito trabalhou na busca de solucionar parte dos problemas de corrupção desse país com a operação “lava jato”. Mas a partir de 2018, com o inquérito das fake News, em evidente atividade inquisitorial do Supremo Tribunal Federal ganhou o fundo do poço.

O problema é a dinâmica de atuação estatal onde todos são farinha do mesmo saco. Toda atuação política, e aqui estão inclusos todos os órgãos governamentais (lembrando que o STF é órgão do Poder Judiciário) afeta nossa vida econômica e social. O Legislativo apenas negocia com um e outro poder tudo na manutenção de cargos e apadrinhamentos mantendo o bolso gordo e através de incentivos mal elaborados a máquina sustenta artistas, jornalistas, professores e alguns empresários para formar no imaginário popular a mentalidade de que o Governo, no espaço e proporção que está, como essencial para cuidar de nossas vidas.

Quando um ministro da suprema corte faz uma reuniãozinha (jantar) em sua casa com os presidentes do Congresso (Câmara e Senado), procurador-geral da república, vice-presidente da república e outros ministros do supremo, e o assunto é as ações contra adversários políticos é porque já vivemos um regime de exceção.

Vivemos sim o mistério da fé na forma de governo, pois pelas propagandas políticas vende-se uma solução que nunca chega e que todos acreditam. O que começou como intervenção para dosar o período eleitoral tomou proporções de tirania onde liberdades estão restringidas, há orientações para todos os lados e modos de vida e a qualquer momento podemos ter uma tornozeleira no pé que justifica uma mordaça invisível na boca.
O problema maior é que 95% do povo é fadado a acreditar na virtuosidade das instituições e seus dirigentes que parecem sempre com as melhores intenções. O mundo político é inescrupuloso. O efeito da política é sempre danoso e estamos afogados nos excessos de arbitrariedades e gastos na manutenção da máquina estatal. Mas
não é apenas na área pública que as instituições estão decadentes. Outras instituições como a própria Igreja Católica está defasada e perdida em seus próprios preceitos, tanto é que há católicos que se dizem socialistas. Aliás, até o Papa tem andado sem papas na língua e falado um tanto de coisas inconsistentes com sua função de eminência. Não consegue fazer uso nem convencer seus fiéis sobre sua própria filosofia.

No Brasil o que é ruim não é novo e o que é novo segue péssimo. Se Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente deste Brasil gostou tanto que não queria deixar o poder, como vamos julgar Lula que pretende viver até os 130 anos desfrutando milhões por mês e passeios mundiais às nossas custas?

As instituições faliram, mas falimos mais, nós brasileiros, que vivemos na passividade aceitando e corroborando com deslizes aqui e acolá.

Deixar o país na mão dos piores não nos torna melhores. Sim, a decadência é geral, é das instituições e nossa também.

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