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EDITORIAL

As aventuras de um Brasil II

Em abri de 2019 já escrevemos sobre Ali Babá para mostrar o quão problemático é um povo sem cultura e educação. Mais uma vez queremos tentar abrir a mente dos cidadãos de bem de que existe a necessidade de mostrar pelo menos indignação contra o que acontece em nosso país.

Muitos já leram o livro ou assistiram ao filme ou talvez apenas tenham ouvido falar de “Ali Babá e os 40 ladrões". Muitos confundem e transformam Ali Babá no chefe dos 40 ladrões. Não! Ele era um adversário da bandidagem e os venceu, com a ajuda da astuciosa Morgiana. O personagem é fictício e baseado na Arábia pré-islâmica (antiga
Pérsia). O conto está descrito nas “Aventuras de Ali Babá e os Quarenta Ladrões”, que faz parte do Livro das Mil e Uma Noites. Segundo historiadores, sua origem está na saga do rei Ali Babá do Sudão, o rei que se recusou a pagar os impostos a Al Mutawakkil, o décimo califa legatário de Bagdá. O rei rebelde selou todo o ouro nas montanhas na região do Mar Vermelho. Bagdá enviou o seu exército para manter o seu poder sobre a comercialização do ouro do mundo islâmico e esmagou a rebelião. Uma exibição pública do grande tesouro e do rei derrotado passou em todas as cidades importantes no caminho até a capital Samarra, criando o mito da caverna e da lenda dos quarenta ladrões. No final, foi concedida anistia a Ali Babá em Samarra e, ao seu retorno, ele deu o ouro aos necessitados, em todas as principais cidades, ao longo da estrada, como um bom sinal aos muçulmanos contra quem ele lutou.

As nossa aventuras se fossem descritas seriam as mil e uma noites de um certo Brasil que a 523 anos sofre saques, pilhagens aos seus tesouros e da “miserabilização” de uma nação. Um conto tupiniquim de 40 mil ou 40 milhões de ladrões. Estes que ainda se encontram inquietos reivindicando o direito de continuarem assaltando os pobres e enchendo a caverna (cofres) do que não lhes pertence. Nessa história, mesmo nos mais altos anseios utópicos dos honestos, os ladrões não poderão ser vencidos por um homem, mas sim serão necessários milhões.

Nessa tão perigosa aventura ninguém sozinho conquistará as mudanças necessárias, portanto não podemos acreditar que tudo seja resolvido em mil dias. Serão necessários muito mais do que "mil e um" ou talvez mil anos.

“Infeliz a nação que precisa de heróis.” A frase dita pelo escritor alemão Bertolt Brecht (1898-1956) nos leva a ao questionamento do porquê que um povo seria infeliz se possuísse heróis. Mas não é esse o conceito que nos é exposto, mas sim de que a dependência de outros para resolver os nossos problemas é a questão.

Precisamos sim é seguir o exemplo dos heróis e lutar todos os dias para que consigamos mudar o que nos aguarda no amanhecer de novos dias, novos tempos.

Com os exemplos do passado podemos fazer no presente um futuro melhor.

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