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Tempos difíceis

Tempos difíceis

“Tempos difíceis criam homens fortes”. O significado deste provérbio, de Andrea Rufino, é que períodos de dificuldades e desafios tendem a produzir pessoas mais fortes e resilientes, enquanto tempos de conforto e facilidade podem levar à complacência e enfraquecimento.

A atual geração não teve as dificuldades das duas anteriores. Os pais buscaram atender todas as necessidades para estes tivessem uma vida melhor do que a que tiveram.

Mas o mundo foi arruinado. As famílias destruídas por uma geração mimimi que nada sabe, mas quer tudo. Acha que quem tem deve dar para quem não tem. Que o correto é o pequeno, ou quase nenhum esforço.

Vejam as universidades, que já foram símbolo de conhecimento, hoje um amontoado de prédios e carteiras em salas repletas de minorias que receberam suas vagas através de cotas e não pela meritocracia.

Cotas?

Cotas devem existir mesmo, mas para os mais pobres que a vida inteira estudaram em escolas públicas e não para filhinhos de papai que garantem suas vagas apenas por serem pretos, amarelos, índios ou homossexuais, mesmo tendo recursos financeiros.

Essa geração pode ser nomeada como a geração imediatista, ou, a geração do eu. Filhos mimados, alunos sem empatia, amigos de mais ninguém além de si próprios. Claramente, uma geração chata. Essa geração necessariamente precisa mudar sua perspectiva de olhar somente para si mesmo mesmos. Precisa reconhecer e saber que o mundo não gira em torno deles.

Muitos pais fazem parte dessa safra de coroas que tem orgulho de suas realizações e das caraterísticas que adquiriu como adolescente nos anos 1970 e 1980.

Desde que meus filhos eram pequenos, se preocuparam em poupá-los de certas dificuldades pelas quais passou ao longo da minha vida. Essa é uma característica dos pais e mães entre 45 e 65 anos: preferem poupar seus filhos de certos perrengues.

Isso pode causar um caráter fraco? Sim. Uma geração de molengas? Talvez. Mas, se isso acontecer, os mais velhos, têm parcela de responsabilidade, pois pavimentou uma estrada que, em nosso tempo, era de terra e pedregulhos.

Não deixa de ser curioso. Há pessoas que criaram jovens acomodados porque deram tudo de bandeja para esses filhos durante a infância e a adolescência – e muitos deles se revoltam com a falta de iniciativa de sua prole. Talvez nem tudo seja reflexo do que ocorre na sociedade. Pelo menos uma parte deste comportamento que parece existir por aí foi moldado dentro dos lares da classe média e nas casas dos mais ricos.

É preciso ressaltar que crescer em um ambiente confortável e sem desafios não é determinante para produzir jovens encostados.

A capacidade de realização, muitas vezes, é uma característica inspirada pelo exemplo,  mas há aqueles que trazem isso já gravado no DNA e se tornam indivíduos proativos e empreendedores.

Portanto, é necessário e urgente que a responsabilidade, por essa geração, seja assumida pelos pais e não deixados para serem alienados por maus professores em salas de aula.

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