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Desigualdade Federativa

O Brasil é uma federação no papel (Art.1º CF/88), mas muito mais próximo de um país unitário e centralizado. Ao contrário do federalismo americano, onde estados têm autonomia para criar e modificar suas próprias leis, no Brasil a centralização política em Brasília resulta em uma solução de tamanho único.

Essa centralização ignora as diferenças culturais, econômicas e sociais de cada região, impondo legislações que muitas vezes não atendem às necessidades locais.

O resultado? Uma população distante do poder de escolha, obrigados a acatar leis criadas em uma realidade completamente diferente da sua.

Essa falta de autonomia gera consequências prejudiciais, não apenas para os cidadãos, mas também para o ambiente empresarial.

A incapacidade dos estados brasileiros de criarem soluções inovadoras e ajustadas às suas próprias demandas leva à estagnação e à falta de competitividade.

Empresas e cidadãos, impossibilitados de buscar regiões com condições legais mais favoráveis, ficam presos a um sistema ineficiente que fortalece o poder central e enfraquece as potencialidades regionais.

Para que o Brasil realmente se beneficie do que o federalismo pode oferecer, é essencial modificar o equilíbrio de poder entre os Estados e a União, permitindo uma maior autonomia aos estados.

Essa autonomia, necessária, também passa por um novo pacto federativo onde quem arrecada mais recebe mais e que quem trabalha não sinta o peso,em seus ombros da partilha com quem nada faz. Colaborar com o desenvolvimento dos outros entes da federação, tudo bem, mas não é justo entregar mais de 70% de sua produção e riqueza.
Mas esses tempos de mudança tardarão e muito a chegar, pois em um país, como o nosso, onde grande parte da população está mais preocupada em levar vantagem sobre o próximo do que tentar contribuir para o todo, a solução só virá quando todos estiverem no fundo do poço.

Precisamos urgentemente oferecer conhecimento aos jovens para que eles possam buscar a mudança antes de caírem no fundo desse lamaçal de corrupção que mantém esse regime que só interessa a poucos.

No Brasil, apesar de a população ter mais tempo em banco de escola, nove anos de ensino básico, três de médio e até com grande número de pessoas com nível superior, algo impensável em um passado recente, o índice daqueles plenamente aptos a se comunicar pela linguagem escrita segue igual, com só 12% de pessoas capazes de escrever corretamente o mais alto. E dentro deste cenário nosso país perde competitividade e aumenta a atuação do Estado que se torna o maior empregador, diminuindo a produção de riquezas e transformando o cidadão em mero pagador de Impostos (salários) aos servidores públicos que nada oferecem em troca.

Enquanto ficarmos discutindo aborto, drogas, identidade de gênero entre outras coisas, e esquecermos do fundamental (educação, saúde e segurança pública) não teremos solução para os nossos problemas.

Primeiro precisamos arrumar o básico para depois avançarmos em assuntos como estes.

Neste momento, escolher um candidato, seja ele à prefeito ou vereador, apenas porque é seu amigo ou defende pautas que lhe agradam, não é pensar no futuro.

Não esqueçam que os prefeitos e vereadores são os aglutinadores de votos para os deputados e senadores que possuem o poder de legislar e pôr um fim ao sistema desigual em que vivemos.

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