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Neta que matou avó com 50 facadas vira ré por feminicídio em Lages

  • (Foto: Redes sociais, reprodução) - Neta que matou avó com 50 facadas vira ré por feminicídio em Lages

O MPSC denunciou a mulher por matar a avó com mais de 50 facadas em Lages e pediu que ela vá a júri popular por feminicídio qualificado.

A mulher de 30 anos acusada de matar a própria avó com mais de 50 facadas em Lages, na Serra Catarinense, foi denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por feminicídio qualificado e fraude processual. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (16).

O crime ocorreu no dia 29 de abril deste ano e teve como vítima Ortelina Wolf, de 81 anos. Segundo a denúncia, a agressora cometeu o homicídio por motivo torpe, utilizando meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ter tentado enganar os investigadores após o crime.

Tentativa de enganar a perícia

De acordo com o MPSC, a neta limpou a casa e descartou o sofá sujo de sangue para tentar simular outra cena e atrapalhar o trabalho da perícia. Essa conduta resultou em uma segunda acusação, de fraude processual, prevista no artigo 347 do Código Penal.

— Ela tentou alterar o local do crime para confundir as autoridades, o que reforça a gravidade do caso — destacou o promotor de Justiça Fabrício Nunes, responsável pela denúncia.

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A Justiça recebeu a acusação e tornou a mulher ré em ação penal, que tramita sob segredo de Justiça. O Ministério Público também requereu que a acusada seja levada a júri popular e que as circunstâncias agravantes sejam consideradas no cálculo da pena.

Prisão e confissão

A suspeita foi presa no dia 23 de setembro, quase cinco meses após o homicídio, durante operação da Polícia Civil. Em depoimento, ela confessou o crime, alegando ter agido após uma discussão doméstica com a avó por causa do rompimento de um cano de água.

Desde a prisão, a mulher está detida na Unidade Prisional de Lages.

Relembre o caso

Ortelina Wolf foi encontrada morta no sofá da própria casa, no bairro Centenário, em Lages. O corpo apresentava múltiplas perfurações no rosto, pescoço e mãos.

Inicialmente, familiares acreditaram que a idosa tivesse sido atacada por um animal, devido às marcas no corpo. A perícia, no entanto, confirmou posteriormente que as lesões foram causadas por uma arma branca.

A idosa havia sido vista com vida pela manhã, e, ao retornarem para casa no início da tarde, os familiares encontraram a cena do crime. Uma quantia em dinheiro foi localizada no quarto, descartando a hipótese de latrocínio.

Fonte: NSC Total

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