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Inquérito de chacina que vitimou família em Joinville entra na fase final; entenda
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Foto: Reprodução/Redes Sociais - Inquérito de chacina que vitimou família em Joinville entra na fase final
Polícia Civil de Joinville conclui inquérito sobre chacina familiar e confirma perfil violento do suspeito, morto após o crime.
O inquérito que apura a chacina em Joinville, no Norte de Santa Catarina, entrou na fase final de conclusão, segundo o delegado da Polícia Civil, Dirceu Silveira.
A tragédia, ocorrida em 11 de setembro, deixou quatro mortos de uma mesma família e chocou a cidade. Entre as vítimas estavam Ingrid Iolly Araújo Silva Berilo, de 40 anos, e seus dois filhos, de 15 e 11 anos, mortos a tiros dentro da casa onde moravam.
A mãe de Ingrid, Rita de Cássia Pereira Araújo Silva, de 65 anos, também foi atingida, mas sobreviveu. Segundo a Polícia Civil, o inquérito aguarda apenas os últimos laudos antes de ser encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que decidirá se arquiva o caso ou dá prosseguimento.
Desde o início das investigações, o principal suspeito apontado é o marido de Ingrid, Ramzi Mohsen Hamdar, de 49 anos, que foi encontrado morto junto com a família.
Chacina em Joinville: o que se sabe sobre o caso
O crime aconteceu na madrugada de 11 de setembro, no bairro Saguaçu. De acordo com a investigação, Ramzi matou a esposa e os dois enteados com uma pistola calibre .380 e, em seguida, tirou a própria vida.
A mãe de Ingrid, Rita, sobreviveu após ser baleada no rosto e em outra parte do corpo. Ela ficou internada na UTI e recebeu alta em 26 de setembro.
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Em depoimento à Polícia Civil, Rita contou que não percebeu nenhum desentendimento entre o casal na noite anterior e que acordou com o som dos disparos. Mesmo ferida, correu até o quarto do neto e conseguiu acionar o socorro.
Vizinhos e provas reforçam a linha de investigação
Moradores relataram ter ouvido cerca de 20 tiros durante a madrugada. Na manhã seguinte, o irmão de Ramzi encontrou o corpo dele ao lado da arma e acionou a polícia.
A perícia confirmou a presença de cápsulas e projéteis em vários cômodos da casa. Segundo o delegado, o depoimento da sobrevivente coincide com as evidências encontradas, reforçando a linha de investigação de feminicídio seguido de duplo homicídio e suicídio.
Histórico de violência e controle psicológico
Parentes das vítimas revelaram que a relação entre Ingrid e Ramzi era marcada por brigas e comportamento controlador.
A prima de Ingrid, Allana Lemos, afirmou em entrevista à NDTV RECORD que tentou ajudá-la a sair do relacionamento. “A gente já vinha percebendo o medo dela. Eu me propus a pagar o aluguel e levá-la para trabalhar comigo”, contou.
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Segundo a Polícia Civil, o casal conviveu por cerca de seis meses antes da tragédia. O delegado confirmou que o suspeito tinha histórico de comportamento agressivo em outros relacionamentos, com registros por ameaça, desobediência a decisões judiciais, injúria e difamação.
Delegado reforça perfil violento do suspeito
“Esse autor era uma pessoa extremamente violenta. Conversamos com pessoas que conviveram com ele anteriormente e todas relataram episódios de agressões físicas e morais”, afirmou o delegado Dirceu Silveira.
Ele também explicou que Ingrid cogitava se separar, o que pode ter sido o estopim da tragédia. “Ela estava propensa a romper o relacionamento, mas infelizmente isso não ocorreu e terminou nessa tragédia”, completou.
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