Urupema, cidade mais fria do Brasil, enfrenta ventos de 75 km/h causado por ciclone

Na quinta-feira (10), Urupema, a cidade mais fria do Brasil, registrou rajadas de 75,1 km/h após um ciclone extratropical que também afetou outras cidades de Santa Catarina e o litoral do Rio Grande do Sul. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta vermelho para ventos costeiros, enquanto o mar permanece agitado, gerando risco de ressaca e grandes ondas.

entos fortes em Urupema e outras cidades

Após um dia de muita chuva, causada por um ciclone extratropical, Santa Catarina amanheceu nesta quinta-feira (10) com fortes ventos. Urupema, conhecida como a cidade mais fria do Brasil, registrou rajadas de 75.1 km/h.

De acordo com informações da Defesa Civil do Estado, por volta das 7h, os ventos chegavam a 63.1 km/h em Jaraguá do Sul, 59.3 km/h em Água Doce, 52.9 km/h Major Gercino e Florianópolis 52.8 km/h.

• Urupema: 75.1 km/h
• Jaraguá do Sul: 63.1 km/h
• Água Doce: 59.3 km/h
• Major Gercino: 52.9 km/h
• Florianópolis: 52.8 km/h
• São Miguel do Oeste: 48.7 km/h
• Joinville: 48.5 km/h
• Rancho Queimado: 46.4 km/h
• Campo Erê: 44.7 km/h
• Campo Belo do Sul: 39.0 km/h
• São Bonifácio: 34.4 km/h
• Benedito Novo: 33.2 km/h
• Pinhalzinho: 33.2 km/h
• Campos Novos: 32.6 km/h
• Canoinhas: 27.7 km/h
• Caibi: 26.3 km/h
• Agronômica: 23.3 km/h
• Itajaí: 22.0 km/h
• Siderópolis: 20.1 km/h
• Nova Trento: 17.6 km/h
• Alerta vermelho para ventos fortes

Alerta vermelho para ventos costeiros

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já havia emitido nesta terça-feira (9) um alerta vermelho para ventos costeiros, até a noite desta quarta-feira (10). O aviso inclui ao menos quatro municípios do Litoral Sul de Santa Catarina, sendo Araranguá, Balneário Arroio da Silva, Sombrio e Balneário Gaivota.

Impacto no litoral do Rio Grande do Sul

Além dessas cidades, todo o litoral do Rio Grande do Sul também deve ser afetado pelos ventos que atingem o Estado, como Torres, Arroio do Sal, Tramandaí e outros municípios litorâneos.

O que é um ciclone extratropical?

Um ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão que se forma fora das zonas tropicais, geralmente nas latitudes médias. Ao contrário dos ciclones tropicais, que se alimentam de calor das águas quentes, os extratropicais se desenvolvem a partir de diferenças de temperatura entre massas de ar quente e frio. Esses sistemas podem gerar ventos fortes, chuvas intensas e, em alguns casos, ondas marítimas perigosas.

Consequências para a população

Os ventos de 75 km/h podem causar danos estruturais em construções frágeis, derrubar árvores e postes de energia, além de provocar quedas de objetos leves. Pessoas que vivem em áreas costeiras enfrentam risco de ressaca, onde ondas grandes retornam rapidamente ao mar, podendo inundar ruas e áreas baixas. A combinação de ventos fortes e mar agitado aumenta a probabilidade de acidentes marítimos e de queda de embarcações.

Medidas de segurança recomendadas

• Evitar áreas abertas: Pessoas devem se abrigar em locais fechados e seguros.
• Desligar objetos externos: Prateleiras, móveis de varanda e objetos que possam ser levados pelo vento devem ser fixados ou guardados.
• Monitorar alertas: Acompanhar as informações do Inmet e da Defesa Civil para saber quando o alerta vermelho expira.
• Evitar entrar na água: Em mar agitado, a entrada de ondas pode ser fatal; recomenda-se ficar longe das praias.
• Verificar energia elétrica: Em caso de queda de postes, não tocar em fios elétricos expostos.

Histórico de ventos fortes em Santa Catarina

Santa Catarina possui um histórico de eventos de ventos intensos, principalmente durante a estação de transição entre o verão e o outono. Em 2019, a região enfrentou ventos de até 70 km/h, causando danos em várias cidades. Em 2021, um ciclone extratropical gerou ventos de 80 km/h em Urupema, resultando em prejuízos significativos à agricultura local.

Como o mar agitado pode afetar a região

O mar agitado, aliado a ventos fortes, pode levar a ressacas que chegam a 3 metros de altura, inundando ruas e áreas de baixa altitude. Isso pode comprometer a infraestrutura de drenagem, causar alagamentos e dificultar a mobilidade urbana. Além disso, a maré alta combinada com ondas grandes pode danificar embarcações e atracar estruturas costeiras, exigindo reparos e reforço de defesas marítimas.

Perspectivas de recuperação

As equipes de Defesa Civil já iniciaram a avaliação dos danos e planejam ações de apoio às comunidades afetadas. A previsão de queda de ventos é de que a intensidade diminua nas próximas 48 horas, mas o risco de ressaca pode persistir até o fim da noite. A população é orientada a permanecer em casa e a seguir as recomendações das autoridades locais.

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