EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Gestão do Orçamento na prática

Conforme mencionado no artigo anterior, os cinco pilares da educação financeira são: Consumo Responsável, Gestão do Orçamento, Planejamento Financeiro, Poupança e Crédito Consciente. Para viver mais tranquilo com uma vida financeira independente, o primeiro passo é saber para onde está indo seu dinheiro, assim, hoje começamos com a Gestão do Orçamento.

Uma gestão do orçamento eficiente exige que, diante da definição das prioridades de sonhos, metas e objetivos de vida, possamos distribuir o orçamento mensal com saldo superavitário, ou seja, Salário – Despesas/Gastos/Dívidas = Saldo Positivo. A sobra de dinheiro auxiliará a tomar decisões práticas de orçamento.

Primeiramente precisamos anotar todas as receitas recebidas durante o mês, e após, relacionar as despesas mensais. Com estes dados, podemos formar uma planilha mensal, uma espécie de demonstrativo, subtraindo da receita as despesas anotadas. Desta forma é possível saber se está sobrando ou faltando, e, onde está seu maior gasto, ou seja, é preciso medir a eficiência e importância pessoal da despesa.

Após relacionar todos os gastos é necessário classificar. Definir o que são GASTOS FIXOS, ou seja, todo mês se repete, por exemplo: aluguel, água, luz, transporte, farmácia, celular, curso/escola, etc. e depois os GASTOS VARIÁVEIS, que entram ou saem do orçamento ou variam, exemplo: mercado, lazer, médico, comer fora de casa, etc. A meta é reduzir o valor dos custos fixos e liberar mais orçamento para gastos variáveis, para ter mais espaço do orçamento para fazer escolhas de investimento e multiplicação da renda. Pode-se utilizar um percentual de 50% para gastos fixos, 30% em gastos variáveis e 20% em investimentos para gerar renda ou compor um fundo de reserva. Exemplificando de forma simplificada, para um salário líquido de R$ 2.000,00, temos:

Categoria

Valor

Receitas Mensais/Salário

R$ 2.000,00

Gastos Fixos (50%)

(-) R$1.000,00

Gastos Variáveis (30%)

(-) R$   600,00

Fundo de Reserva/Investimentos (20%)

(=) R$   400,00

É importante ressaltar que, cada pessoa tem seu orçamento como decisão pessoal onde gastar, e a escolha fica mais fácil quando suas rendas são maiores que suas despesas, e ainda ter um saldo ou uma folga para tomada de decisões. Porém, talvez muitas pessoas já estejam com este saldo negativo. Diante dessa situação é preciso rever os gastos e as receitas, para identificar qual o principal problema que está ocorrendo. Após terminada esta etapa mensal do orçamento, é preciso fazer uma previsão para o próximo mês ou para os próximos meses, para programar as receitas e despesas, verificando, se necessário, formas de reduzir as despesas ou aumentar as receitas.

Nosso próximo passo será estudar o Consumo Responsável, verificar qual a despesa que está sufocando seu orçamento e reduzir com dicas práticas de economia e psicologia financeira.

Ademais, seguimos juntos, praticando e divulgando a todos uma educação financeira simples e de resultado.

Até breve.

Juscelino Gaio