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Cinismo

Na Grécia antiga, a.C., um grupo de filósofos eram conhecidos como cínicos, para eles a felicidade deveria ser um retorno ao que houvesse de mais simples. Diógenes de Sinope se destacou nesse movimento por morar num barril com um bastão e uma lamparina e fez de sua pobreza sua virtude enquanto lutava contra a sociedade corrupta e rica.

Mas com o tempo o significado mudou. Hoje em dia chamar alguém de cínico é o mesmo que dizer que é falso, hipócrita, arrogante, fingido, debochado e sarcástico. A mudança ocorreu no século II d.C. quando o escritor sírio Luciano de Samosata criticou os autodenominados cínicos da época, pessoas que defendiam as ideias, mas não as praticavam, vivendo em pleno conforto e riqueza. Pessoas como os comunistas de hoje em dia, que pregam a igualdade para o povo, mas vivem no luxo e riqueza.

O povo trabalha e o suor do seu rosto é entregue aos governantes que dizem que o devolverá em serviços de educação, saúde e muitos outros. Mas quando o povo clama por um atendimento, em filas do SUS, por melhoria nas escolas onde os tetos ameaçam cair na cabeça dos alunos, estes mesmo governantes alegam a não existência de recursos. Por outro lado, sempre existem recursos, e em grande quantidade, para shows da esquadrilha da fumaça, desfiles de para as viagenzinhas do presidente e sua primeira-dama. Bilhões já foram gastos em viagens e mordomias. E o que dizer dos “deuses de toga” que vivem em suas cortes nababescas comendo caviar e bebendo vinhos premiados.

Enquanto o povo se lasca, estes cínicos, políticos de carreira, que nada mais sabem fazer do que usurpar o povo, vivem na maior mordomia e seus filhos são educados em escolas riquíssimas dos Estados Unidos ou Europa.
Em menos de dois anos o déficit das contas públicas já ultrapassou R$1 trilhão (1.000.000.000,00). Gastam como se os cofres que abrigam o erário público não tivessem fundo.

Mas vamos chegar mais próximo. Candidatos que nunca conseguiram administrar suas próprias vidas com o maior cinismo prometem transformação nas cidades e qualidade de vida, pois estão aí para servir.

Servir a quem? Quantos destes realmente estão na vida pública para servir ao povo?

Alguns ocupantes já dos “galhos” das administrações públicas reclamam de sua labuta em favor do povo e que estão cansados da ingrata luta. Mas na proximidade dos pleitos eleitorais tudo muda. Rapidamente se recuperam do cansaço, desgaste emocional, e buscam a permanência nos poleiros do poder.

O cinismo é tanto que nem disfarçam mais. Com salários dignos, mas baixos, enriquecem, conquistam bens e transformam a vida, mas não a do povo e sim de suas famílias.

A mesma falsidade, arrogância, fingimento, deboche e sarcasmo que nos dedicam devem ser oferecidas, como recíproca, a estes que de dois em dois anos conseguem lembrar que existimos.

Lembrem-se: no dia 06 vote em quem você confia e se não houver opte por votar no menos pior ou dar chance ao novo.

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