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Grupo que aplicava golpe do falso advogado vira alvo da polícia após prejuízo de R$ 270 mil em SC
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(Foto: PCSC, Divulgação) - Até o momento, quatro pessoas foram presas
Golpistas usavam informações judiciais para se passar por advogados e aplicar fraudes em diferentes estados brasileiros.
A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou uma operação nesta quinta-feira (23) para combater um grupo criminoso especializado em aplicar o golpe do falso advogado, que já causou prejuízos milionários em diversos estados brasileiros. A investigação começou após um morador de Florianópolis transferir R$ 270 mil aos golpistas acreditando que estava pagando custas processuais legítimas.
Como o golpe funcionava
De acordo com as investigações, o grupo acessava dados públicos do Tribunal de Justiça para identificar pessoas envolvidas em processos judiciais. De posse dessas informações — como nomes, telefones e nomes de advogados — os criminosos se passavam pelos defensores das vítimas, entrando em contato por aplicativos de mensagens para solicitar supostos pagamentos de taxas judiciais.
As vítimas, acreditando estarem em contato com seus advogados, realizavam transferências bancárias que iam diretamente para contas controladas pelo grupo criminoso.
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Operação nacional
A ação policial desta quinta-feira cumpre 16 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão nos estados do Ceará e Rio de Janeiro, com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça.
Até a manhã do dia 23, quatro pessoas haviam sido presas.
Segundo a Polícia Civil, a maioria dos mandados foi cumprida no Ceará, onde os agentes realizaram 15 prisões e 24 buscas. No Rio de Janeiro, foram cumpridos outros dois mandados.
Estrutura do golpe e impacto
O golpe, segundo as autoridades, é aplicado de maneira profissional, com divisão de tarefas entre os membros do grupo — alguns são responsáveis pela coleta de dados judiciais, enquanto outros fazem o contato direto com as vítimas.
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A OAB do Ceará confirmou que essa modalidade de fraude tem sido recorrente e estima mais de 1,2 mil denúncias de casos semelhantes em todo o país.
Medidas de segurança e prevenção
O Tribunal de Justiça do Ceará anunciou que, a partir de 3 de novembro, o acesso ao sistema digital de processos judiciais passará a exigir autenticação mais rígida, a fim de dificultar o acesso indevido de criminosos e proteger dados sensíveis de cidadãos.
Especialistas em cibersegurança orientam que nenhum pagamento deve ser feito sem confirmação direta com o advogado responsável, preferencialmente de forma presencial ou por canais oficiais.
A operação faz parte do esforço nacional para combater golpes digitais e fraudes processuais, que têm crescido em todo o país com o aumento do uso de sistemas eletrônicos no Judiciário.
Até o momento, quatro pessoas foram presas
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