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POLÍTICA

Jean assume Prefeitura de Apiúna

Prefeito em exercício de Apiúna, Jean Marcos Benvenutti, detalha planos e ações para o município

  


O Jornal Cabeço Negro realizou uma entrevista exclusiva com o prefeito em exercício, Jean para saber mais sobre o período em que ficará a frente do executivo.

Jornal Cabeço Negro: Quais são os seus objetivos nestes 24 dias à frente do Executivo?

Prefeito Jean Marcos Benvenutti: Meus cumprimentos ao jornal e a todos os seus leitores. Esta será a quarta ou quinta vez que assumo como prefeito, sendo o maior período. Daremos continuidade ao trabalho que o prefeito Marcelo já vem desenvolvendo, incluindo os projetos de asfaltamento que estão em andamento.

Se o tempo colaborar, durante estes meus 24 dias, daremos início a abertura da Rua do Basílio. Combinamos com o Secretário de Obras, Valmor, para começarmos essa abertura o mais rápido possível.

CN: O senhor poderia nos explicar onde ela começa e onde termina?

JEAN: Ela vai começar na Rua Maria Teixeira Burini, conhecida como rua da Lama, próximo da propriedade da família do senhor Ville Rocha, já falecido, e chega próximo ao terreno da família Pereira ligando com a Rua Ponta Grossa. Inicialmente, será macadamizada. É um trecho de aproximadamente 800 metros.

CN: Algumas informações sobre os demais acompanhamentos?

JEAN: Estamos dando andamento a várias obras no município que precisam de acompanhamento. Temos a licitação que será encaminhada para as oito novas salas de aula na Escola Victoria, o asfalto Estrada Geral São Pedro que está em andamento, e o asfaltamento da Rua Lages, que aguarda apenas a liberação do Governo Federal. A cobertura da Escola Santa Rosa também está em andamento, assim como a licitação do projeto da Ponte de Concreto que liga o Centro ao Bairro Margem Esquerda. Nesta terça-feira, inclusive, teremos uma reunião sobre a ponte na margem esquerda.

Também temos praticamente resolvidas as questões quanto ao terreno para a caixa de captação de água, um reservatório que levará água para a Vargem Grande. Estou acompanhando essa situação com os engenheiros para resolver nesta semana. Há também uma obra no São Pedro para a cobertura da quadra, destinada às crianças, com recursos já disponíveis.

Enfim, são várias obras que estamos dando andamento, conforme o prefeito solicitou. Nossa ideia, minha e do Marcelo, é dar continuidade ao trabalho que temos feito ao longo dos quatro anos. Conseguimos muitos recursos do Governo Federal para diversas áreas: saúde, educação, obras e, claro, muito asfaltamento. Temos projetos para asfaltar o Ribeirão Roxo, o Ribeirão São Pedro (no Miolo) e o Ribeirão Vinte. É um volume muito grande de obras para serem executadas.

Investimentos e Projeções para Apiúna

CN: O senhor tem a informação dos valores envolvidos nesses projetos?

JEAN: Em pavimentação asfáltica, tudo o que temos planejado para o município passa dos R$4 milhões. Mas o programa "Estrada Boa", do Governo do Estado, pode render até 16 milhões para o município, desde que os projetos sejam aprovados. Ele tem critérios específicos: exige que o asfalto ligue a uma comunidade, não pode terminar "no nada". Precisa finalizar em uma igreja, escola ou aglomerado urbano, ou seja, ter uma finalidade clara. Estamos trabalhando com a ideia de ligar Vargem Grande e Santo Antônio ao pé da serra. Virá em duas etapas: a primeira ainda este ano para deixar pronto, e a segunda no início do próximo ano.

Quanto ao "Estrada Boa Rural", faremos um acompanhamento técnico para definir quais ruas serão beneficiadas. Estudo este em conjunto com as secretarias de Infraestrutura e Obras, com a participação dos nossos engenheiros.

Debates e avanços na infraestrutura

CN: Prefeito, o senhor gostaria de comentar sobre o questionamento das comunidades ribeirinhas quanto à ponte da margem esquerda? Eles questionam a falta do Estudo de Impacto de vizinhança, dizendo que um projeto não vive apenas da viabilidade técnica. Qual é a sua posição sobre o assunto?

JEAN: Como já lhe falei, nesta terça-feira com a presença do prefeito Marcelo, (mesmo estando de férias) faremos uma reunião com os moradores da Margem Esquerda. Será no próprio Bairro às seis e meia. A licitação desse projeto deve acontecer na próxima semana para definir a empresa ganhadora. Essa empresa vai estudar tanto a questão técnica do local quanto as outras demandas. O trecho que colocamos no edital é entre a ponte pênsil e o mercado Albino, na Rua Ibirama.

Mas enfim, na reunião queremos ouvir a comunidade.

CN: Não é um trecho muito reduzido?

JEAN: Logisticamente, como fazer o pessoal do Morro Grande descer até o Posto Fiscal e retornar pela BR para vir ao centro? Ou fazer o pessoal da divisa aqui de Apiúna ir até lá em cima no Basílio passando pela BR?

Claro, existem outras opções, mas o que sentimos da comunidade é que aquele trecho que está ali hoje é curto. A ponte terá apenas 110 metros. A ponte pênsil hoje tem 300 metros, pois ela pega um leito do Rio Itajaí-Açu que se alarga muito. Então, onde está  ponte pênsil é inviável para o município. A própria comunidade, na conversa que tivemos, prefere que a ponte fique próxima da ponte pênsil, para não ficar nem tão para o Morro Grande nem tão para a divisa com o pessoal da Ascurra.

Além disso, onde prevemos fazer, não há necessidade de indenizar moradores. A rua é pública lá.

CN: Mas é muito estreita?

JEAN: Se não me engano ela possui 11 metros de calçada a calçada.

CN: E a reclamação quanto ao barulho que o tráfego causará naquela região?

JEAN: A reclamação quanto ao barulho que os veículos causarão não é um argumento para impedir o crescimento da cidade.

JCN: Se realmente for na Rua Gaspar, na Margem Esquerda tem uma grande pedreira. O que será feito?

JEAN: No projeto consta que a cabeceira será dentro próprio rio. então não precisaria mexer na pedreira. A ponte terá, no lado da Margem esquerda, abas mais largas. Será feito umas abas dentro da própria ponte para ter espaço de manobra para os veículos. Explicando melhor, a ponte se abrirá no final para permitir a manobra de caminhões, por exemplo. A tendência é que não entrem carretas ali, mas poderá manobrar uma.

JCN: E vocês têm a intenção de asfaltar a Rua Ibirama definitivamente nesse projeto?

JEAN:  Não, nesse projeto não está previsto a pavimentação da Rua Ibirama.

JCN: Hoje, as pessoas reclamam muito que há várias ruas no centro onde se paga IPTU com poeira, enquanto o interior está sendo asfaltado.

JEAN: Tem poucas ruas ainda sem asfalto. A Rua Joinville que acabamos de abrir e que estamos trabalhando para asfaltá-la. A rua Paulo Pitz e as outras duas próximas também já estamos buscando recursos para pavimentá-las.

Saúde Pública e Compromisso com a População

JCN: Prefeito, e a Secretaria de Saúde, que o senhor está à frente da pasta? Alguma novidade além daquele projeto que já foi lançado?

JEAN:  O impacto mais importante, para mim, foi a nomeação de mais um médico. Conseguimos, através da Secretaria de Saúde, a liberação de mais uma equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF). Muita gente não avalia a importância disso, mas vimos como diminuiu o tempo de espera para consultas agendadas com o Clínico Geral. Antes, abríamos a agenda no dia 23 ou 24, e em uma semana já estava praticamente lotada. Tínhamos dois médicos atendendo 4 mil habitantes cada um.

Através da Secretaria de Saúde, cadastramos mais um ESF para que o Governo Federal possa repassar recursos e pagar parcialmente o custo de uma equipe de ESF, aproveitando a construção da nova unidade de saúde. O Governo Federal liberou, e conseguimos cadastrar o quinto ESF, que antigamente existia, mas havia sido desabilitado. Agora, dividimos esses 8 mil habitantes para mais um médico, e cada um ficou com uma faixa de 2.200 a 2.300 habitantes. Readequamos o atendimento. Refiro-me ao centro, sem contar a Subida e a Santa Rosa, que têm outros ESFs.

Antes, dois médicos atendiam 4 mil habitantes cada, enquanto o médico da subida atendia 2 mil e o do interior, 1.500. A população de Apiúna, segundo nossos agentes de saúde, que fizeram um trabalho muito efetivo, tem cerca de 11.800 habitantes cadastrados.

É importante ressaltar que a atenção básica de saúde não é para atendimento de emergência. Às vezes, as pessoas não conseguem interpretar isso. Não é que a gente não queira ou o médico não queira. Esses médicos foram contratados para fazer prevenção e acompanhamento; eles não estão qualificados ou habilitados para emergências. Para isso, Apiúna criou o setor do AMA (Ambulatório Médico Ambulatorial), onde procuramos contratar profissionais que queiram trabalhar com situações de emergência, como aquelas demandas espontâneas de gripe, dor de cabeça, febre, dor no estômago. Poucos municípios têm a disponibilidade desse profissional a mais, especialmente porque o hospital de Ibirama fica muito deslocado.

Também aderimos a um programa do Governo Federal para próteses dentárias, o "Prótese Dentária". Você pode procurar na região: quem está habilitado e tem um dentista realizando isso dentro da unidade de saúde? A maioria tem que contratar profissionais externos, e o custo é muito elevado. Nós temos um dentista na unidade de saúde que encaminha para o nosso próprio dentista realizar ali mesmo. Somos os únicos habilitados e os únicos que já receberam o recurso. Temos dinheiro em conta para fazer 200 próteses dentárias. Quero ver se até o final do ano realizamos 200. Já fizemos 20 e estamos entregando. Mas não é só aderir ao programa, é ter a equipe, organizar e implantar um fluxo. Esse programa é do SUS, aberto a qualquer cidadão, independentemente da sua condição social. Assim como se tem direito a um clínico geral, a exames ou a remédios na farmácia, terá direito à sua prótese dentária.

Mensagem Final e Compromisso com Apiúna

JCN: O que mais o senhor gostaria de passar a população?

JEAN: Quero dizer à população de Apiúna que o prefeito Marcelo e eu temos feito um trabalho focado nos anseios da cidade. Preocupamo-nos e ouvimos a opinião da população. Tenho certeza de que, nos quatro anos que se passaram, dedicamo-nos ao máximo. Eu e o prefeito Marcelo estamos disponíveis 24 horas para a população; temos nossos telefones, não trocamos o número, atendemos e respondemos.

Além de vice-prefeito, tenho me dedicado à saúde. É uma secretaria pela qual tenho um carinho muito grande e que aprendi a cuidar. Vejo-a como uma das mais importantes dos municípios, junto com a educação. Temos implantado algumas questões e resolvido problemas que o Estado, às vezes, não tem conseguido atender. Principalmente, algo de que tenho muito orgulho da nossa equipe: conseguimos resolver a questão do neuropediatra. Apiúna sofria muito. Por isso, quando vêm ataques dizendo que o município não dá atenção ao autismo ou a outras causas, isso não procede. Só o município de Apiúna, e  podem consultar em toda a região, realizou mais de 300 consultas de neuropediatra este ano. Realizamos quase duas consultas por dia no município com neuropediatra. Duvido que encontrem um município na região que atendeu um número de consultas como nós atendemos, entre retornos e primeiras consultas para nossas crianças. Estamos com feedback positivo dos pais, das escolas, dos professores. Tem dado um resultado muito grande. É um trabalho que está sendo feito pela Secretaria de Saúde; nossa equipe é boa, temos médicos e enfermeiros qualificados.

Erros e falhas acontecerão; não adianta dizer que não. Vamos falhar em algum momento e teremos que corrigir esses erros e tomar algumas medidas quando for um erro muito grave. Isso é normal de acontecer em uma administração pública, até mesmo em uma empresa.

CN: Sua mensagem final.

JEAN: Para finalizar, envio um abraço à nossa população. Tenho um carinho muito grande pela cidade de Apiúna, cidade onde nasci e cresci, minhas raízes são daqui. Quero me dedicar cada vez mais e tenho certeza de que Apiúna só vai crescer nestes próximos três anos e meio da administração do Marcelo e, quem sabe no futuro, trabalhar mais e também deixar meu nome à disposição para uma próxima eleição. Estaremos com o nome à disposição para trabalhar cada vez mais para o nosso município.