Dr ÉRICK
Não. A tontura é um dos sinais clássicos da labirintite, mas também é um sintoma comum de diversas doenças.
O termo Labirintite é usado para designar um problema que pode comprometer tanto o equilíbrio quanto a audição, porque afeta o labirinto , um local no ouvido interno que ajuda nesse controle.
A labirintite pode ser causada por processos inflamatórios, infecciosos e tumores, além de doenças neurológicas, compressões de nervos e alterações genéticas. Normalmente se manifesta depois dos 40 anos, decorrente de alterações metabólicas e vestibulares. Níveis aumentados de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem acarretar alterações dentro das artérias que reduzem a quantidade de sangue circulando em áreas do cérebro e do labirinto.
Existem diversos fatores de risco para a manifestação da labirintite como : Idade; Diabetes; Hipertensão; Infecções de ouvido; Álcool; Fumo; Café; alguns medicamentos, entre eles alguns antibióticos e anti-inflamatórios; Estresse; Ansiedade , uso de alguns antidepressivos e algumas alterações do acido úrico.
O principal sintoma são as tonturas e vertigens. Na vertigem ocorre a sensação que o ambiente gira ao redor do corpo, ou que este roda em relação ao ambiente. Na tontura, a sensação é de desequilíbrio, instabilidade, de pisar no vazio, de queda. Geralmente pode associar a náuseas; vômitos; aumento do suor , dor de estômago ( epigástrica ); perda de audição ou audição diminuída; Zumbido no ouvido , sensação de desmaio.
Avaliação clínica e o exame otoneurológico completo são muito importantes, já que havendo muitas causas desse sintoma, deve se recorrer ao tratamento também da doença de base, além do quadro da tontura.
São vários os tipos de medicamentos que podem ser indicados no tratamento da labirintite:
Medicamentos para suprimir a náusea, o vômito e o mal-estar.
Vasodilatadores para facilitar a circulação sanguínea e melhorar o calibre dos vasos, muitas vezes reduzido por placas de gordura (ateromas);
Labirinto-supressores suprimem a tontura agindo no sistema nervoso;
Antidepressivos (inibidores seletivos de recaptação da serotonina);
Medicamentos para suprimir a náusea, o vômito e o mal-estar.
O Principal além do tratamento dos sintomas que causam bastante alteração na rotina das pessoas que o tem, é que devem ocorrer mudanças no estilo de vida para prevenir as crises:
Evite ingerir álcool. Se beber, faça-o com muita moderação;
Não fume;
Controle os níveis de colesterol, triglicérides e a glicemia;
Opte por uma dieta saudável que ajude a manter o peso adequado e equilibrado;
Não deixe grandes intervalos entre uma refeição e outra;
Pratique atividade física;
Ingira bastante líquido;
Não consuma bebidas gaseificadas que contêm quinino (como água tônica);
Procure administrar, da melhor forma possível, as crises de ansiedade e o estresse;
Importante: Não dirija durante as crises ou sob o efeito de remédios para tratamento da labirintite. O equilíbrio fica extremamente comprometido.
Procure, nos dias da crise, repousar e pedir auxílio em funções básicas, como tomar banho pelo risco aumentado de quedas.
Procure alimentos leves e sem gordura para facilitar a digestão;
Mas, o mais importante é sempre que esteja com TONTURA que procure auxílio médico para avaliação. Muitas pessoas recorrem somente às farmácias ou se automedicam e podem ter outras alterações que devem ser avaliadas e tratadas.
Deixe seus comentários e dicas para nosso tema.
Abraço e até a próxima.
Dr. Eric Sanders
Deixe seu comentário