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Editorial

Um morto no caminho

A defesa de Cleriston Pereira da Cunha, preso sem o processo legal devido aos incidentes do 8 de janeiro que morreu no Presídio da Papuda, informou na quarta-feira, 22, que a causa do óbito ainda está sendo apurada pela Policia Civil do Distrito Federal.A informação consta na petição enviada ao Supremo Tribunal Federal após o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, afirmar que, "ao que tudo indica",  a morte de Cleriston ocorreu por "causas naturais". 

A defesa informou que irá apresentar o atestado de óbito após o laudo do IML/PCDF ficar pronto, uma vez que na atual certidão, consta que a causa da morte ainda se encontra em apuração.

A defesa também pediu ao ministro Alexandre de Moraes  que sejam solicitadas informações detalhadas sobre a morte de Cleriston, além de imagens das câmeras de segurança do pátio do presídio e relatório completo do atendimento médico prestado.

Bruno de Azevedo ainda quer a restituição do celular do acusado. O aparelho foi apreendido durante as investigações.

Triste é ouvir a afirmação de que a morte foi por causa naturais sendo que a corte tinha em suas mãos o pedido de liberdade protocolado pela AGU devido ao réu possuir comorbidades. O pedido ao ministro Alexandre de Moraes foi enviado no dia 3 de agosto, e alegava questões humanitárias em função do seu quadro de saúde.

Segundo o advogado Bruno Azevedo, Cleriston teve sequelas da covid-19 e tinha problemas cardíacos. Um laudo médico foi apresentado pelo defensor.

Agora que existe um “morto” na porta da suprema corte e no caminho de poder da esquerda todos com comorbidades provavelmente serão soltos, mas podem ocorrer mais mortes entre os ainda 109 ainda presos, principalmente a de Roberto Jefferson que continua preso sem julgamento e muito doente.

Não conseguimos entender como a mulher do líder do tráfico do Amazonas, condenada por 10 anos, está solta e sem tornozeleira eletrônica; como podem declarar que o Hamas não é grupo terrorista. Mas que cidadãos sejam acusados de terrorismo sem possuírem uma arma sequer e que permaneçam presos sem julgamento e devido processo legal previsto na Constituição.

A suprema corte passou por cima de todas as normas e leis possíveis e se acha no direito de acusar, julgar e condenar.

Devido a uma morte um ministro caiu durante o regime militar devido a pressão do povo. Agora parece que o Congresso já tirou a bunda de cima de suas responsabilidades e está buscando diminuir os poderes dos “deuses de toga”.

O deus supremo já está se articulando e pressionando os que tem rabo preso a não votarem a favor do projeto de Lei.

Senhores congressistas, está na hora de vocês realmente honrarem sua famílias e seus eleitores. Parem de rasgar nossa magna Carta. Chega de desmandos. Ninguém está acima de uma nação.

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