Ascurra é contemplada com 12 casas pelo programa Casa Catarina
Inquéritos infinitos, golpes imaginários e alianças questionáveis

O cenário político brasileiro tem sido palco de uma série de eventos que, para muitos, configuram uma verdadeira distorção da realidade. Em meio a uma crise econômica persistente e desafios sociais urgentes, a atenção pública é constantemente desviada para narrativas que parecem se alimentar de si mesmas: inquéritos sem fim, a insistente tese de um golpe que nunca existiu, e, mais recentemente, o surpreendente e preocupante alinhamento do Brasil na defesa do Irã. É crucial analisar esses pontos com um olhar crítico, desprovido de paixões ideológicas, para compreender o impacto real que tais posicionamentos têm sobre a democracia e a imagem do Brasil no cenário internacional.
Os chamados "inquéritos do fim do mundo" ou "das fake news", que se arrastam por anos sem conclusões claras ou com resultados que levantam mais dúvidas do que respostas, tornaram-se um símbolo da polarização e da perseguição política. Iniciados sob a premissa de combater a desinformação e proteger as instituições, esses processos frequentemente parecem ser utilizados como ferramentas para silenciar vozes dissidentes e intimidar críticos. A falta de transparência, a ausência de prazos definidos e a aparente seletividade na aplicação da lei minam a confiança da população no sistema judiciário. Quando a justiça se torna um instrumento político, a própria democracia é posta em xeque, abrindo precedentes perigosos para a arbitrariedade e a cerceamento da liberdade de expressão.
Paralelamente, a narrativa de um "golpe" que supostamente ameaçaria a ordem democrática brasileira persiste, apesar da ausência de evidências concretas que a sustentem. Essa tese, frequentemente invocada para justificar medidas excepcionais e para deslegitimar a oposição, cria um ambiente de constante tensão e instabilidade.
E como se não bastassem esses elementos de desestabilização interna, o Brasil tem se posicionado de maneira surpreendente em questões de política externa, gerando indignação e questionamentos. A defesa do Irã, um regime teocrático que historicamente viola os direitos humanos, apoia grupos terroristas e busca desenvolver um programa nuclear controverso, é um exemplo gritante desse desalinhamento com os princípios democráticos e de respeito à dignidade humana que o Brasil, em tese, deveria defender. Essa postura, que ignora as sérias implicações do regime iraniano para a segurança global e para a vida de seus próprios cidadãos, mancha a reputação do Brasil no cenário internacional e o afasta de seus parceiros democráticos tradicionais.
É inaceitável que o Brasil, um país que já foi referência em diplomacia e na promoção da paz, se alinhe com regimes que desrespeitam as liberdades individuais e que representam uma ameaça à estabilidade mundial.
Em suma, a perpetuação de inquéritos sem fim, a insistência em um golpe que não existe e o alinhamento com regimes autoritários, como o do Irã, são sintomas de um Brasil que parece ter perdido o rumo. É urgente que a sociedade brasileira e suas lideranças reflitam sobre esses caminhos, reafirmem o compromisso com a democracia, a transparência e os direitos humanos, e trabalhem para reconstruir a confiança nas instituições e a credibilidade do país no cenário global.
Deixe seu comentário