Saúde

Efeitos colaterais da cafeína: quando o excesso afeta o corpo

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Café e energéticos são fontes de cafeína, mas o excesso pode causar insônia, ansiedade e taquicardia.

O café faz parte da rotina de milhões de brasileiros, seja para despertar, acompanhar conversas ou impulsionar a produtividade. No entanto, a cafeína, principal substância presente na bebida e também em energéticos, refrigerantes, chás e chocolates, pode trazer efeitos colaterais quando consumida em excesso.

Como a cafeína age no organismo

De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, a cafeína atua diretamente no sistema nervoso central ao bloquear os receptores de adenosina — substância que sinaliza o cansaço ao cérebro. Ao ocupar esse espaço, a cafeína reduz a sensação de fadiga e aumenta o estado de alerta.

Esse efeito, porém, é temporário. Com o uso frequente, o organismo cria tolerância, exigindo doses maiores para alcançar a mesma disposição, o que pode levar ao consumo excessivo.

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Qual a quantidade segura por dia?

Estudos indicam que a dose segura para adultos é de até 400 mg de cafeína por dia — o equivalente a cerca de quatro xícaras de café coado. Para crianças, adolescentes e gestantes, esse limite deve ser menor.

Como a substância está presente em diversos alimentos e bebidas, é importante observar os rótulos: uma lata de energético de 250 ml, por exemplo, contém aproximadamente 80 mg de cafeína.

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Principais efeitos colaterais da cafeína

O consumo exagerado pode desencadear sintomas diferentes em cada pessoa. Os mais relatados incluem:

  • Insônia e dificuldade para dormir quando ingerida à noite;
  • Ansiedade e nervosismo, devido à ação estimulante;
  • Taquicardia e palpitações, especialmente em indivíduos sensíveis;
  • Tremores nas mãos e sensação de agitação;
  • Desconforto estomacal e náusea;
  • Dores de cabeça — tanto pelo excesso quanto pela abstinência;
  • Irritabilidade e cansaço quando o consumo é interrompido de forma abrupta.

Em situações extremas, já foram relatados casos raros de overdose de cafeína, reforçando a importância de moderação.

Quem deve ter atenção redobrada

Pessoas com condições de saúde preexistentes, especialmente problemas cardiovasculares ou transtornos de ansiedade, devem limitar a ingestão da substância. O excesso de cafeína também pode agravar a qualidade do sono, impactar o humor e prejudicar a saúde mental a longo prazo.

Como reduzir o consumo sem sofrer com abstinência

Especialistas recomendam que a diminuição seja feita de forma gradual. Assim, o corpo se adapta e os sintomas de abstinência — como dores de cabeça e irritabilidade — ficam mais leves. Beber mais água e optar por versões descafeinadas do café ou chá podem ajudar no processo.

Fonte: Einstein Hospital Israelita


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