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CORONA VÍRUS

Setor empresarial apoia medidas do governo contra agravamento da pandemia

Conselho das Federações Empresariais endossa manifestação do Executivo em resposta aos questionamentos do Ministério Público

Entidades catarinenses manifestaram apoio neste sábado, 27, às medidas de enfrentamento à Covid-19 adotadas pelo Governo do Estado. Os representantes de diversos segmentos econômicos defenderam as determinações do Decreto 1.172, que suspende o funcionamento de serviços não essenciais das 23h desta sexta-feira até as 06h de segunda-feira, 1º de março, e no próximo fim de semana.

As entidades destacaram que o setor produtivo tem adotado, desde o início da pandemia, todos os cuidados e protocolos de proteção da saúde. O Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM) manifestou seu apoio às medidas restritivas previstas nos dois decretos do Governo do Estado. O COFEM defendeu, em nota, que, "com a devida observância dos protocolos sanitários, a segurança dos trabalhadores é garantida e que a adoção de um lockdown completo não é a melhor resposta para enfrentar o agravamento da pandemia".

O Conselho é composto pelas Federações das Indústrias (Fiesc), do Comércio (Fecomércio), da Agricultura (Faesc), dos Transportes (Fetrancesc), das Associações Empresariais (Facisc), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Micro e Pequenas Empresas (Fampesc), além do Sebrae-SC.

"A vida está sempre em primeiro lugar. Não há contradição entre a manutenção da atividade fabril e a proteção à saúde das pessoas. Os profissionais estão seguros dentro das fábricas, pois os protocolos são rigorosos e seguidos à risca. A indústria está comprometida com a sociedade e desde o início da crise desenvolveu inúmeras ações de apoio", disse o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

Ele também lembrou que a atividade industrial faz parte de uma cadeia essencial, e, por isso, sua interrupção teria graves consequências, inclusive para produção de alimentos, bebidas, embalagens e outros itens necessários ao enfrentamento da pandemia.

Para o presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Sérgio Rodrigues Alves, é necessário primeiro avaliar os resultados alcançados com o decreto em vigor. "Vamos aguardar os resultados do atual decreto para depois, caso não tenha surtido efeito desejado adotar medidas mais duras". Na sexta-feira, 26, a Facisc emitiu um comunicado apoiando o decreto do Governo do Estado. A entidade congrega 148 associações empresariais e mais de 34 mil empresas em Santa Catarina.

A Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) também reiterou o posicionamento do Governo do Estado. Em nota, a Federação apoia as restrições nos fins de semana, por considerar o período com maior número de aglomerações clandestinas.

"A contaminação não vem só de quem trabalha, aliás quem trabalha gera economia para o custeio das atividades do Estado. Creditamos o maior contágio ao convívio social indiscriminado e irresponsável", declara o texto.

O presidente da Federação dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Santa Catarina (Fhoresc), Estanislau Emílio Bresolin, reforçou, em ofício, que "para combater os efeitos da pandemia do Covid19 é necessário permitir que empresas e trabalhadores voltem a produzir recursos necessários à própria sobrevivência, como também para gerar tributos que permitirão ao Estado enfrentar de maneira adequada a crise".

A Associação Empresarial de Palhoça (ACIP) reconheceu a gravidade da crise pela qual a saúde passa neste momento. No entanto, acredita que o momento exige sobretudo, conscientização por parte da população.

"Empresa aberta não é porta de entrada do vírus, é garantia de preservação de empregos e de renda, proporcionando equilíbrio social e a perspectiva de um novo momento para o futuro de todas as famílias", afirma o presidente da associação, Ivan Cadore.


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