combustível adulterado

Fraude bilionária com combustível adulterado tem alvos em Santa Catarina

  • Foto: MPSC/Divulgação - Fraude bilionária com combustível adulterado tem alvos em Santa Catarina

Operação nacional descobre rede criminosa que usava metanol para adulterar combustíveis e lesou cofres públicos em mais de R$ 7,6 bilhões.

Uma das maiores operações policiais já realizadas contra o setor de combustíveis no Brasil revelou um esquema bilionário de fraudes que também atinge Santa Catarina. A chamada Operação Carbono Oculto apura crimes de adulteração de combustíveis, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, com prejuízos estimados em R$ 7,6 bilhões.

Mandados em Santa Catarina

No estado, o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) cumpriu mandados de busca e apreensão em Itajaí e Criciúma. A ação faz parte de uma mobilização que envolveu mais de 1.400 agentes em oito estados.

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Como funcionava o esquema

De acordo com as investigações, o grupo criminoso utilizava metanol, substância altamente tóxica e inflamável, para adulterar combustíveis vendidos em postos. O produto era importado de forma ilegal e distribuído com documentação fraudada, colocando em risco a saúde pública e o meio ambiente.

Também foram identificadas fraudes nas bombas de combustível: em mais de 300 postos investigados, os clientes recebiam menos produto do que pagavam ou abasteciam com combustível de baixa qualidade.

Outros crimes identificados

Além das fraudes, donos de postos que venderam seus estabelecimentos relataram não ter recebido o pagamento e sofreram ameaças de morte. O esquema ainda movimentava dinheiro por meio de fintechs ligadas ao crime organizado, que compravam usinas de álcool, distribuidoras e postos para dar aparência de legalidade às operações.

Repercussão nacional

A operação mobilizou Polícia Federal, Receita Federal, Ministérios Públicos Estaduais, polícias civis e militares, além da ANP (Agência Nacional do Petróleo). A atuação do GAECO em Santa Catarina confirma que o estado também fazia parte da rota de distribuição e lavagem de recursos da rede criminosa.

Fonte: MPSC

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