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POLÍTICA

Saúde de Ascurra na UTI

Na quinta-feira, 12, houve a realização do Conselho Municipal da Saúde de Ascurra, nas instalações da Secretaria de Saúde, onde uma série de reivindicações dos funcionários entrou em pauta com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados na cidade. Hoje o setor não anda nada bem. 

Dentre as solicitações está a readequação orçamentária dos recursos da farmácia básica, concentração de atendimentos para distribuição de medicamentos em que o morador está vinculado, contratação de funcionários, adequação de honorários dos agentes comunitários à nova legislação (conforme sanção do presidente Michel Temer) e a eminente necessidade da concessão de aumento salarial aos funcionários (no momento foi utilizado como exemplo as Atendentes de Enfermagem, que hoje trabalham por R$1.235 mensais).

Em relação ao corpo funcional da saúde pode-se afirmar que a atenção é preponderante; a área merece foco irrestrito em qualquer gestão. Partindo disso, o município que se presa coloca no topo da sua agenda a preocupação com o setor.

Em Ascurra, não por desmerecer o trabalho do prefeito Lairton Possamai (PMDB), que atualmente não investe em funções gratificadas, porém efetuou uma série de contratações que elevaram em muito os gastos com folhas de pagamento, (haja vista que em 2017 houve um incremento na casa de R$ 1,4 milhão em comparação à 2016), o corre-corre para não permitir o colapso da saúde é o que está tirando o administrativo do sério.

Desde o início do seu mandato o setor já passou por diversas crises, conotando a total incapacidade do administrativo em mantê-lo em pleno funcionamento.

O vereador Mário Guse (PP) levantou a questão na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, 16, destinando seu tempo na tribuna totalmente ao assunto. Foram 10 minutos discursando, dos quais 5 minutos concedidos pelo vereador Aristides Dolzam (PSD), que deram a ele a oportunidade de prestar seu apoio incondicional aos funcionários da saúde.

Segundo o vereador, nossa prefeitura conta principalmente com os recursos repassados através do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), batendo na tecla que nossos gestores não estão se preocupando efetivamente com o setor privado, com políticas que dariam oportunidades para empresas se instalarem no município, pelo qual seria a saída para incrementar o caixa da prefeitura, vindo a melhorar essa situação.

"O nosso município não se desenvolve. Os municípios vizinhos a gente vê desenvolver: Rodeio está crescendo, Apiúna tem uma ótima receita. Agora, Ascurra não desenvolve. Não temos recursos suficientes. Não há incentivo ao empreendedorismo. Hoje, por exemplo, não temos uma área industrial para atrair novas empresas. Como é que a gente pode aumentar o salário dos funcionários se estes setores não possuem a devida atenção do executivo? Essas são confrontações de fatores relevantes e básicos para a tomada de qualquer decisão", frisou Mário.

O vereador Valdemar Possamai (MDB) afirmou que a prefeitura não se omite de suas responsabilidades diante da questão do desenvolvimento, porém ela não possui fundos para incentivar o setor com a disponibilização de terrenos para instalações."

A novela da saúde em Ascurra está tomando um rumo no momento em que passa por mais uma situação dramática e que, principalmente, quem vai sofrer as consequências será a própria população, já que os sinais vitais do setor estão apresentando falência.


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