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GOLPE

Veigamed pulverizou os recursos do Estado em 56 transferências

Até agora, força-tarefa conseguiu bloquear cerca de 30% do valor total pago pelo Estado. Empresário recebeu 'comissão' de R$ 2 milhões

Força-tarefa, em coletiva no sábado (6) 

Segundo a força-tarefa composta por Ministério Público, Tribunal de Contas (TCE), e Polícia Civil, que investiga a compra de 200 respiradores a R$ 33 milhões da Veigamed, o dinheiro depositado pela Secretaria de Estado da Saúde foi pulverizado em 56 transferências. O levantamento faz parte da busca pelos recursos - a maioria ainda não foi localizada.

Quando a Justiça bloqueou as contas da Veigamed, a empresa possuía menos de R$ 500 mil. Segundo os investigadores, os recursos foram pulverizados em diversas contas, de pessoas físicas e jurídicas, em São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e outros estados. O montante teve como destino empresas de comunicação, marketing e eventos, o que é um indício de lavagem de dinheiro.

Além do recurso na conta da Veigamed, a força-tarefa encontrou R$ 11,1 milhões na conta de uma empresa de Joinville que venderia 100 mil kits para testes de Covid-19. Essa compra, que seria repassada aos estados, faria parte do processo de lavagem de dinheiro do recurso de Santa Catarina. Ou seja, a Veigamed pagou e não recebeu pelo serviço, já que a empresa foi avisada pela força-tarefa da ilegalidade do processo.

Outra identificação de pulverização de recursos seriam as "comissões" para o advogado Leandro Adriano de Barros, de Biguaçu, e o empresário Fábio Guasti, que representou a Veigamed na negociação. Segundo o MP, o primeiro receberia uma transferência de R$ 30 mil para auxiliar no processo, enquanto Gausti recebeu duas transferências de R$ 1 milhão (em 3 e 6 de abril). Os dois estão presos.


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