A saída de Moisés e Daniela é dada como certa nos bastidores d'Agronômica e provocaria eleições diretas em SC
Na noite desta segunda-feira, 21, o governador Carlos Moisés reuniu em reunião todo o secretariado estadual, dirigentes de estatais e órgãos indiretos. A mesma foi convocada às pressas e com a determinação de que a presença fosse pessoal não admitindo assessoria ou representação. O conteúdo da pauta não foi divulgado.
Especulou-se que Moisés fosse renunciar naquele momento.
Minutos após a essa informação a Secom publicou nota contrariando as expectativas e demonstrando que toda a estrutura de comunicação está a serviço do governador e não do Governo.
Nota: "Secretários de Estado e demais integrantes do colegiado pleno elaboraram e entregaram ao governador na noite desta segunda-feira, 21, um documento em que manifestam "indignação com o movimento político que tenta retomar o comando do Governo do Estado" e antecipam que não farão parte de "um governo que tenta nascer na estufa da impunidade e do desrespeito ao voto popular"". O documento foi intitulado "Carta aberta aos Catarinenses" e destaca inúmeros resultados positivos do atual governo, entre eles, uma economia de mais de R$ 360 milhões (incluindo medidas de gestão como a revisão de contratos).
Mas, segundo uma fonte de grande confiabilidade, ganha força a tese de que Carlos Moisés da Silva, governador de SC, e Daniela Cristina Reinehr, vice-governadora, renunciem aos seus mandatos a qualquer momento. O ato seria uma contra ofensiva à Alesc, evitando que Santa Catarina tenha eleições indiretas, onde os Deputados escolheriam o novo Governador para um mandato tampão.
Embora Governador e Vice tenham negado as especulações, fontes dos bastidores da própria Casa d'Agronômica afirmam que, inclusive, a carta de renúncia de fato já estaria pronta.
As especulações ganham consistência desde o agravo da crise política após a derrota do governo na votação de abertura do processo de impeachment pela ALESC, no último dia 17.
A renúncia obrigará a convocação de eleições diretas, ou seja, onde os catarinenses retornarão às urnas.
A minha fonte também salienta que a renúncia, ocorrendo agora em tempos de pandemia, traria de volta nomes conhecidos dos catarinenses. Dos possíveis candidatos, três são senadores: Esperidião Amin, "reoxigenado" com sua vitória em uma disputa majoritária desde 1998; Dário Berger, com a estrutura do MDB (manda brasa); Jorginho Mello, vencedor de todas as eleições que disputou, mas também com fardo de ter apoiado o governo Temer e Dilma.
Divulgação/Amin, Melo e Berger
Além disso, outros postulantes são: Gelson Merísio, sem a estrutura da eleição passada; Décio Lima, petista no Estado mais "Bolsonarista" do Brasil; e, para finalizar, Lucas Esmeraldino, isolado pelo Governador Moisés por sua fiel e coerente ligação com Presidente Bolsonaro, mas o responsável pela organização que levou a vitória dos 6 deputados estaduais e 4 federais.
Divulgação/Esmeraldino, Merisio e Décio
Agora, é aguardar para conferir a veracidade ou não das especulações.
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