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FALANDO DE POLÍTICA

Governo de SC - A 'menina dos olhos azuis' de Amim

Diferentemente de outros partidos de Santa Catarina o PP é o Amim, não é o Amim que é do PP

Esperidião Amim é um daqueles políticos que podemos classificar como "um homem com talento natural" para a vida pública. 

Sua trajetória política começa durante o regime militar, quando foi escalado pelo ARENA (partido composto por militares e correligionários) para assumir a Prefeitura de Florianópolis no ano de 1975, até 1978. A presidência da república, na época, era conduzida pelo General Ernesto Geisel, com Antônio Carlos Konder Reis no posto de governante de Santa Catarina. Todos Arena.

Foram duas as oportunidades que teve para mostrar seu trabalho como Governador, sendo que as obras realizadas pelo seu governo que ganham destaque em nossa região são: a rodovia estadual que liga as cidades de Rodeio à Timbó e a que liga Timbó à Rio dos Cedros. Foi um dos responsáveis pela instalação do prédio que comportou o Hospital São Lucas, hoje o ESF Centro em Ascurra. Tem uma relação com o Médio Vale do Itajaí que podemos classificar como "interessante".

É bem verdade que Amim, de uma forma ou de outra, como Prefeito, Governador, Deputado ou Senador, possui uma carreira pública que o coloca entre os representantes que mais atuaram no governo, porém, ele coleciona algumas derrotas em corridas eleitorais, principalmente no embate homem a homem - para o executivo.

Foi, também em duas oportunidades, derrotado na corrida pelo Governo do Estado e em uma para a Prefeitura de Florianópolis. Como candidato ao Congresso sempre conquistou a vaga, atingindo patamares que o colocavam no topo das opções do catarinense.

Em termos de experiência política, Amim tem todas as possíveis. No último ano votou a favor da investigação que corria contra Temer, o que traz conotação positiva à sua carreira. Mas também foi redator do texto de uma emenda que poria em risco a operação Lava-Jato. A proposta de Amim foi retirada do texto base da PL 4.850/16, conforme relatório do Deputado Onyx Lorenzoni (DEM/RS).

Diferentemente de outros partidos de Santa Catarina o PP é o Amim, não é o Amim que é do PP. Tem diferença!

Um problema do partido que Amim representa, é que não se enxerga no horizonte uma renovação política para a sigla, ou seja, a nova geração do PP em âmbito estadual. Fora esta situação, que não foi mensurada pela equipe estratégica, ou a falta da pré-ocupação, que é imprescindível para a manutenção da sigla, o veterano continua como uma das principais opções de voto entre o eleitorado catarinense.

Mauro Mariani e a obrigação do MDB em comparecer no 2° turno

Mauro Mariani é o típico candidato que começou sua vida pública como prefeito, na cidade de Rio Negrinho. Eleito em 1996 e reeleito em 2000, Mariani saiu de sua cidade natal no Paraná, Bituruna (no centro sul do estado), para Morar em Santa Catarina no início da década de 80, onde passou a atuar no ramo moveleiro.

Nem chegou a terminar seu segundo mandato na cidade, pois em 2002 lançou-se candidato para assumir uma cadeira na ALESC onde atuou até 2006. Na época sua candidatura teve forte influência do então candidato ao governo do estado, Luiz Henrique da Silveira.

Chegou a colocar-se a disposição da vaga para de prefeito de Joinville em 2008. Mas, mesmo sendo do partido de Luiz Henrique da Silveira, que foi prefeito anteriormente, e com uma legenda composta por 6 partidos, Mariani ficou na 4° colocação. Carlito Merss, do PT, foi quem venceu as eleições naquele ano. Atualmente, Mariani está encerrando seu 3° mandato como Deputado Federal.

Em relação à Sigla, o MDB é a que possui o maior número de filiados no estado, somando (de acordo com relatório do TSE) em torno de 250.000 membros.

Se compararmos ao eleitorado catarinense, aproximadamente 5 milhões de eleitores, em tese Mariani já possui 5% dos votos. Agrega-se a este indicador as siglas que irão apoiar o pré-candidato e, mais ainda, o atual governo que está presente em todas as regiões do estado através das ADRs (Agências de Desenvolvimento Regional) gerando, consequentemente, um poder tanto de articulação política, quanto financeiro, que desequilibra na corrida eleitoral, proporcionando ao Deputado Federal uma forte base para sua candidatura.

Porém, não podemos nos esquecer que o MDB está presente no governo federal e estadual (além de municipal - em 100 cidades, praticamente 1/3 de todas as prefeituras no estado) e há, nesse caso, a variável "desgaste político" que precisa ser levado em consideração. Geralmente, a sigla que está no poder também está no centro das discussões populares, portanto, passível de sofrer um certo desgaste em função dos posicionamentos políticos frente as necessidades da população.

A princípio (mas, somente em tese, pois o período eleitoral ainda não foi aberto oficialmente, não sendo propício para termos um feedback da postura do candidato e de suas estratégias) Mariani é um forte candidato ao 2° turno neste ano.


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