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POLÍTICA: ENTREVISTA COM ARÃO JOSINO

'A juventude não é o futuro, é o presente'

Jovem ascurrense é uma das apostas da política de Santa Catarina

Aos 24 anos, Arão Josino é presidente estadual da juventude do PSD, partido do governador Raimundo Colombo. Natural de Ascurra, onde costuma passar os finais de semana com a família, sua história na vida política começou aos 13 anos, quando foi vereador mirim de Blumenau. Josino também ocupou os cargos de Diretor de Cultura da União Catarinense dos Estudantes e a Consultoria de Assuntos Estratégicos do Governo de Santa Catarina e, atualmente, é Consultor Geral da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação.

Arão Josino, uma das apostas do governador Raimundo Colombo e do presidente da Assembleia Legislativa deputado Gelson Merisio para a política de Santa Catarina, conversou com nossa reportagem. Confira a entrevista exclusiva.

CN - Qual sua avaliação da participação dos jovens na eleição municipal?

Josino - A juventude comprovou nas urnas que chegou a hora de mudar. Os brasileiros querem uma nova política. É preciso dar oportunidade para as novas ideias. Tivemos importantes resultados nas câmaras municipais de todo estado, foram eleitos centenas de vereador jovens. Isso reforça, mais uma vez, que a juventude já é protagonista das mudanças que o Brasil precisa.  

CN - Você acha que as pessoas estão querendo votar em "não políticos"?

Josino - Essa história de candidato dizer que não é político é mentira, ou melhor, é uma fantasia de marketing para enganar o eleitor. Todo cidadão que se filia num partido político e se coloca à disposição para disputar uma eleição, obviamente é um agente político. Ser político não é demérito. Errado é ser corrupto e não respeitar o dinheiro público. Eu tenho orgulho de ser militante político, de levantar e bandeira da política. É através da política que podemos cuidar das pessoas, do lugar onde vivemos.

O eleitor precisa separar as coisas. Errada é a política do "toma lá, da cá", da troca de favores, da compra do voto e da corrupção.  

CN - Como utilizar o conhecimento do contexto político na gestão pública e social?

Josino - Política se faz ouvindo as pessoas, olhando nos olhos, sentindo o coração de cada cidadão. A bagagem que conquistamos na caminhada política é fundamental para que a gestão pública seja feita pensando verdadeiramente nas pessoas e não nos interesses de grupos isolados. Sempre digo que o burocrata lê processos, o político sente o coração.  

CN - O jovem de hoje possui mais consciência política do que o jovem de antigamente (que hoje são nossos pais, avós)? Por quê? 

Josino - Por natureza o jovem é sonhador, revolucionário. Ele acredita, tem esperança. É do instinto da juventude. E paralelo a isso, de um tempo pra cá o acesso a informação se tornou mais democrático, hoje as pessoas conseguem ler um jornal, uma revista, assistir programas jornalísticos na televisão ou então acompanhar as notícias através da internet, nas redes sociais. Na época dos nossos avós, por exemplo, uma parcela muito pequena da sociedade tinha acesso a informação. Então fazendo essa rápida análise você consegue ver a diferença das gerações.

Assim como nossos avós quando eram jovens, nós também somos sonhadores, queremos mudar o que está errado, a diferença deles para nós é que agora temos acesso a informação, sabemos o que está acontecendo, conseguimos entender melhor e buscar conhecimento para argumentar os debates. E também não podemos esquecer que a sociedade vem quebrando preconceitos, permitindo debates que tempos atrás era impossível ter. Então é um conjunto de fatores. A sociedade mais moderna, aberta para o debate, e o acesso a informação é o que permite uma geração com mais consciência.

CN - Diferentes movimentos sociais levaram centenas de jovens brasileiros em todo país para as ruas externando suas opiniões.  Qual sua opinião em relação a este tipo de manifestação?

Josino - Toda manifestação pacifica é válida e legitima. Importante para mostrar que a nova geração de jovens, por mais virtual que seja, também sabe mobilizar e estar nas ruas. Isso que foi o mais incrível, não precisou um movimento específico convocar, muito pelo contrário, os movimentos que tentaram "comandar" as manifestações foram excluídos pelas próprias pessoas que marchavam nas ruas.

Fico feliz quando vejo a sociedade mobilizada pedindo mais respeito ao dinheiro público e qualidade nos serviço prestados pelos governos. Diferente do que muitos críticos afirmam, na minha opinião as manifestações tiveram sim importantes resultados. O principal dele está na formação da sociedade. Passamos por uma geração que não assumia responsabilidades, que jogava os problemas para o outro. Hoje estamos formando uma nova geração, que assume compromissos e que sabe que tem papel fundamental na transformação do país.  

CN - Você acredita que o Brasil precisa avançar na construção de políticas públicas para os jovens, no oferecimento de equipamentos públicos de lazer, esporte e cultura?

Josino - A juventude já provou que está interessada em construir um Brasil sem desigualdade social, com mais qualidade de vida, com menos criminalidade e mais oportunidade de emprego e educação. A juventude tem demonstrado um poder de realização incrível. Agora o fazer depende da oportunidade. E essa oportunidade é uma obrigação dos governos. Cabe ao poder público a garantia de políticas que saiam do papel, com investimentos na educação pública de qualidade, aumentando o número das vagas nas universidades públicas, por exemplo, além de mais cultura e esporte, aliás não existe política de prevenção mais eficiente do que essas duas áreas. A criança e ao adolescente em uma oficina artística ou numa escolinha de futebol é você tirar a oportunidade da criminalidade. Por isso devemos lutar cada dia mais. A juventude merece oportunidades e mais investimentos.   

CN - Qual a principal contribuição do jovem com a política?

Josino - É justamente esse jeito novo de fazer política, mais preocupado com o próximo, respeitando o dinheiro público. Eu sempre falo que política é a arte de cuidar das pessoas e eu sinto a nossa geração com esse desejo. A juventude também contribui muito com o debate, com uma visão mais aberta. Por isso que a juventude não é o futuro, mas o presente e a garantia que o futuro será melhor!

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